Terça-feira, 04 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2017
O Vaticano, no início de uma conferência sobre proteção de crianças contra abusos sexuais on-line, prometeu nesta terça-feira (3) buscar a verdade sobre um de seus diplomatas que convocou de volta após se tornar suspeito de posse de pornografia infantil.
“Este é um episódio muito doloroso e um grande julgamento para todos os envolvidos”, disse o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e número dois na Santa Sé.
Parolin se referia ao caso de um monsenhor que foi convocado de volta à Santa Sé de sua embaixada em Washington em agosto após o Departamento de Estado norte-americano dizer que ele pode ter violado leis de pornografia infantil.
“Nós estamos tratando o caso com a máxima seriedade, o máximo comprometimento e a máxima atenção”, disse Parolin a repórteres conforme chegava para ler um discurso na conferência.
Ele disse que o caso está sob segredo judicial “para proteger a investigação e para proteger a verdade e Justiça”.
O Vaticano nunca identificou o monsenhor, que também é procurado no Canadá por suspeita de upload de pornografia infantil de um site de rede social em 2016.
Ele está sendo investigado por procuradores do Vaticano e será julgado no Vaticano caso indiciado.
Em seu discurso, Parolin disse que a Igreja Católica quer “compartilhar a experiência” que havia adquirido ao lidar com seus próprios escândalos envolvendo abuso sexuais de padres com crianças “para que isto possa se provar útil para um bem ainda maior”.