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Brasil O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, defende que Bolsonaro edite um decreto para criar um centro de monitoramento do governo federal

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O general defende que o presidente eleito crie o centro de monitoramento por meio de um decreto para evitar cizânia com os demais ministros. (Foto: EBC)

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, defende que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, edite um decreto criando um centro de monitoramento do governo federal. Na explicação do general, é como se fosse uma espécie de “conselho de administração” do governo, que terá o vice como responsável por monitorar os projetos essenciais da gestão pública.

“Por exemplo: tem a reforma da Previdência. Vamos acompanhar. Cadê? Vamos espancar [o projeto]!”, explicou Mourão.  Junto à equipe econômica do futuro ministro Paulo Guedes, o vice-presidente eleito tem conversado com setores do mercado financeiro sobre a Previdência Social, reforçando a necessidade da aprovação da reforma que muda as regras previdenciárias no primeiro semestre do ano que vem.

A ideia é que o centro monitore e cobre os demais ministérios. Uma primeira conversa sobre o tema já foi feita com Bolsonaro, mas alguns ministros não gostaram da ideia, temendo terem suas funções esvaziadas, como a Casa Civil.

Agora, o general defende que o presidente eleito crie o centro de monitoramento por meio de um decreto, exatamente para evitar cizânia com os demais ministros. “Existe vice para trabalhar. Senão, acaba com a figura”, disse Mourão. O vice eleito promete cortar para 68 o número de cargos na estrutura da Vice-Presidência. Hoje, são cerca de 130. “Não precisa de tudo isso. É tanto motorista.”

Atualmente, a estrutura da Vice-Presidência está alojada em um anexo do Palácio do Planalto. Mourão diz que Bolsonaro o quer por perto, dentro do Palácio do Planalto. “Tem uma sala ali no gabinete presidencial que parece que não está sendo usada. Vamos ver.”

Atividades

Mourão afirmou na semana passada que a sua função no futuro governo será também de monitoramento das atividades ministeriais e das políticas públicas, cobrando prazos e impedindo desperdícios. Em um evento promovido pelo TCU (Tribunal de Contas da União), ele disse que a ideia é de que fique sob o encargo da Vice-Presidência subchefias hoje controladas pela Casa Civil e pela Secretaria-Geral.

“A ideia fundamental junto ao presidente é que, como vice, eu tenha sob meu encargo aquelas subchefias que hoje estão parte na Casa Civil e parte na Secretaria-Geral e que conformam a atividade de controle dos ministérios, de políticas públicas e do PPI [Programa de Parcerias de Investimentos]”, disse.

Ele antecipou que pretende selecionar projetos prioritários, que envolvem mais de uma pasta ministerial, para acompanhar diariamente, “cobrando dos ministros os prazos que têm que ser cumpridos”. “Nós vamos mudar um pouco a cara de como o governo deve exercer sua atividade de planejamento e de fiscalização”, afirmou.

Em discurso, o militar criticou o que chamou de extremamente elevada carga tributária do País e defendeu que ela deve ser simplificada para, em um segundo momento, ser reduzida. “Nós temos de aumentar a base, ou seja, todo mundo tem de pagar imposto, mas vamos pagar menos”, salientou.

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