O aplicativo de mensagens WhatsApp começou a divulgar para usuários no Brasil um novo aviso de privacidade em sua página inicial. Trata-se de um termo de privacidade modificado em decorrência da nova LGPD (Lei Geral de Proteção a Dados Pessoais), que entrará em vigor no País em janeiro, para ampliar a segurança e transparência das informações coletadas por empresas públicas e privadas.
Essa nova legislação propõe dar mais autonomia aos cidadãos, dando o direito de consultar seus dados gratuitamente, bem como de que maneira eles são armazenados pelas empresas. Se desejarem, os usuários podem até mesmo optar por exclui-los das plataformas em que foram coletados. A nova regulamentação foi sancionada em 2018 e estava prevista para entrar em vigência neste mês, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19.
Com o novo aviso de privacidade, o WhatsApp garante aos usuários brasileiros “o direito de acessar, corrigir, portar, eliminar seus dados, além de confirmar que tratamos seus dados”, e também afirma que “em determinadas circunstâncias, você também tem o direito de se opor e restringir o tratamento de seus dados pessoais”, indo de acordo com o determinado pela lei.
Por meio de suas políticas de privacidade, o aplicativo garante que não guarda mensagens em nenhum de seus servidores e que estas ficam salvas apenas nos celulares dos próprios usuários. As mensagens enviadas são excluídas assim que são entregues. Com a tecnologia da criptografia de ponta-a-ponta, nem a ferramenta nem terceiros são capazes de ler conversas trocadas no aplicativo.
Além disso, o mensageiro pode coletar algumas informações do usuário para melhorar o serviço oferecido, incluindo dados de localização, de registro, status, falhas e desempenho. O aplicativo também coleta informações sobre o dispositivo, como modelo e sistema operacional, conexões de rede móvel, endereço de IP e número de telefone. Segundo o WhatsApp, as informações são utilizadas para “operar, fornecer, aprimorar, entender, personalizar, dar suporte e comercializar” os serviços oferecidos pela marca.
Repasse de dados
O WhatsApp também utiliza serviços de terceiros, como no recurso de pagamentos pela plataforma. Sendo assim, determinadas informações precisam ser repassadas para as instituições financeiras, já que, segundo a companhia, nem o Facebook é capaz de receber, transferir, processar ou armazenar fundos de transações realizadas pela plataforma, procedimentos esses que são atribuídos às instituições financeiras terceiras.
Os responsáveis pelo aplicativo também afirma que todas essas informações de posse do mensageiro são utilizadas como forma de “nos ajudar a operar, executar, aprimorar, entender, personalizar, dar suporte e anunciar nossos serviços”.