Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2017
O WhatsApp anunciou nesta terça-feira (17) um novo recurso que permite compartilhar a sua localização em tempo real. A função usa criptografia de ponta-a-ponta e permite determinar por quanto tempo sua posição atual pode ser acompanhada por familiares, amigos e outros contatos.
A novidade será disponibilizada para dispositivos Android e iOS nas próximas semanas.
Onde eu estou?
O WhatsApp já tem compartilhamento de localização, mas o novo recurso permite seguir o deslocamento do usuário pelo tempo determinado, que vai de 15 minutos a 8 horas. De acordo com a empresa, é possível encerrar o compartilhamento da posição atual a qualquer momento, ou simplesmente esperar que o contador se expire.
No entanto, o WhatsApp alerta que “se mais de uma pessoa compartilhar sua localização em um grupo, todas as localizações aparecerão no mesmo mapa”.
Método de segurança
No ano passado, o WhatsApp começou a proteger todas as conversas e chamadas feitas pelo aplicativo com uma tal de criptografia de ponta-a-ponta.
Embora o aviso mostrado nas conversas tenha assustado algumas pessoas, este é um recurso que não afeta o uso do app. O processo é todo automático e a criptografia apenas aumenta o sigilo das mensagens, fotos e vídeos que você envia pelo WhatsApp.
Se você quiser uma garantia ainda maior sobre sua segurança e privacidade, o aplicativo conta com um meio de verificar se a troca das chaves criptográficas – que permitem que a criptografia de ponta-a-ponta funcione – não sofreu nenhuma interferência.
Sem interferência
A criptografia de ponta-a-ponta, como o nome sugere, protege todo o trajeto da comunicação entre as pontas (os participantes) de uma conversa. Com ela, nenhum intermediário, nem mesmo o WhatsApp, deve ser capaz de interferir na conversa e obter o conteúdo que foi compartilhado.
Essa solução funciona a partir da troca de chaves criptográficas, a tecnologia responsável pelo processo que embaralha e codifica cada mensagem individualmente. A vantagem desse tipo de criptografia é que o processo é invisível e não exige nenhuma ação por parte dos usuários: as chaves são recebidas e utilizadas automaticamente.
Essa troca deve, idealmente, ocorrer diretamente entre os participantes de uma conversa. Isso dá trabalho e, no mundo real, sistemas de criptografia utilizam entidades confiáveis para verificar a legitimidade das chaves.
No caso do WhatsApp, a troca é intermediada pelo aplicativo. Isso significa que uma falha de segurança no app ainda pode permitir que um espião interfira no processo de troca de chaves, violando a segurança e a privacidade da comunicação do mesmo jeito que seria possível antes do WhatsApp adotar a criptografia de ponta-a-ponta.