Sexta-feira, 03 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil OAB criará grupo para monitorar crimes na internet

Compartilhe esta notícia:

Comissão discutirá formas de aprimorar investigações e garantir a responsabilização de quem publica conteúdo ofensivo em redes sociais. (Foto: Jewel Samad/AFP)

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) criará um grupo para acompanhar e monitorar crimes na internet. Além disso, a comissão discutirá formas de aprimorar investigações e garantir a responsabilização de quem pratica tais delitos.

A OAB aponta haver muita dificuldade para se identificar as pessoas que publicam conteúdo ofensivo em redes sociais e muitas vezes a vítima e o criminoso não estão sequer no mesmo Estado. Por isso, há pouca eficácia na elucidação dos crimes e consequente punição dos delinquentes, o que acaba por estimular a prática delituosa.

A ideia da formação do grupo aconteceu durante uma audiência com as jornalistas Cristiane Damacena e Raíssa Gomes, que recentemente foram vítimas de crimes em redes sociais. Elas compareceram à sede da Ordem acompanhadas do advogado Marcelo Holanda.

Durante a audiência com as jornalistas, o presidente da entidade Marcus Vinicius Furtado Coêlho informou que remeterá, em nome da OAB, ofício à polícia e ao Ministério Público solicitando providências quanto aos casos relatados. “É um absurdo que se utilize a internet para a prática do crime de racismo. Cristiane e Raíssa, assim como quem quer que sofra discriminação em função de cor, credo, raça ou orientação sexual tem apoio total da OAB para a tomada de providências e auxílio na identificação dos criminosos”, disse.
Rede social
Os provedores de conteúdo não poderão ser responsáveis por alegadas violações de direitos autorais cometidas por terceiros, decidiu a 2 Seção do Superior Tribunal de Justiça. Em julgamento no dia 13 deste mês, os ministros decidiram também que quem pede a retirada de conteúdo do ar por um provedor, deve informar a URL específica da página que o desagrada. A indicação de endereços abrangentes demais pode fazer com que informações lícitas sejam retiradas do ar junto com as supostamente ilícitas.

A discussão foi posta em Recurso Especial em que um curso jurídico pede para que o Orkut, antiga rede social do Google, tire do ar algumas postagens. Segundo a empresa de ensino, em comentários, ex-alunos divulgaram links em que os internautas podiam baixar o conteúdo das aulas sem pagar. Para o curso, se tratou de violação a direito autoral.

Seguindo voto do ministro Luis Felipe Salomão, a 2 Seção entendeu que o Orkut é uma plataforma de relacionamento e troca de mensagens, cuja função é fornecer para os internautas um espaço para eles divulgarem o que quiserem. É uma rede social cujo modelo de negócio não envolve o lucro a partir do compartilhamento de arquivos por terceiros.

Não é o Orkut, portanto, de acordo com o entendimento do ministro, o responsável pelo conteúdo se as pessoas publicam em seus comentários links para outras páginas em que haja violação de direito autoral.

A questão dos endereços virtuais foi definida pela  ministra Isabel Gallotti  em voto-vista. Conforme ela, a indicação genérica da URL de página ou comunidade em rede social nesses casos afetaria o conteúdo lícito de terceiros que são protegidos pela liberdade de expressão.

O Google é representado no caso pelos advogados Eduardo Mendonça e Rafael Barroso Fontelles, do Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça e Associados, e pelo escritório Lee, Brock e
Camargo Advogados. De acordo com as alegações do site de buscas, a ordem genérica de retirada de conteúdo esvazia a internet como canal de circulação de ideias e informações.

Os advogados elogiaram a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). “A decisão protege a internet como ambiente de liberdade de expressão”, disse Eduardo Mendonça, acrescentando que um suposto ofendido teria a possibilidade de retirar tudo o que foi dito sobre ele caso o entendimento do STJ não fosse estabelecido.

Segundo ele, o aval para o pedido genérico poderia ser também um retrocesso do ponto de vista da defesa do consumidor, já que os internautas elogiam e reclamam produtos e serviços na internet.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Ministro do Trabalho teme avalanche de ações na Justiça se medida provisória da terceirização não passar por debate no Senado
Crédito pela internet estreia no País com taxa de juros elevada
https://www.osul.com.br/oab-criara-grupo-para-monitorar-crimes-na-internet/ OAB criará grupo para monitorar crimes na internet 2015-05-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar