Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de março de 2016
Palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, a construção da arena Corinthians, conhecida como Itaquerão, em São Paulo, foi viabilizada com o pagamento de propina pela Odebrecht. A afirmação é do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR).
Segundo ele, os rastros de repasses ilegais apareceram em planilhas apreendidas que indicam o envolvimento da diretoria da Odebrecht que cuida da gestão do contrato com o Itaquerão. O procurador disse que ainda está em análise inicial a lista dos destinatários dos pagamentos.
Conforme o MPF (Ministério Público Federal), o diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, Antônio Roberto Gavioli, responsável pela obra da Arena do Corinthians, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 500 mil, em data não identificada, para pessoa identificada pelo codinome “Timão”.
O vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negão, foi levado pela Polícia Federal em condução coercitiva autorizada pelo juiz Sérgio Moro. A informação foi confirmada pelo ex-presidente e deputado federal Andrés Sanchez. “Ele está depondo. É a única coisa que eu sei”, afirmou o dirigente.
Nesta fase, disse o procurador, o único estádio que apareceu foi o do Corinthians. Segundo ele, há indicativos de pagamentos de propina em outros estádios da Copa, conforme delações que ainda estão em andamento. (Folhapress)