Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2023
Apesar da estiagem severa que afeta o Estado, a Corsan está garantindo a regularidade do abastecimento para cerca de 800 mil pessoas, nos municípios de Gravataí, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha, na Região Metropolitana. O fornecimento de água é viabilizado por diversas obras que a Companhia vem realizando. Uma das intervenções recentes foi o desassoreamento do Canal DNOS, serviço que contribuiu de forma relevante para o aumento de volume de água no rio Gravataí, onde a Corsan mantém dois pontos de captação.
Em Porto Alegre, a prefeitura decretou situação de emergência nas áreas com produção primária afetadas pela falta de chuvas. As perdas mais significativas ocorrem nos cultivos de hortaliças, flores, frutas e grãos. A pecuária também é afetada pela diminuição da qualidade das pastagens, enquanto a redução do nível de açudes prejudica a piscicultura. Os prejuízos já somam R$ 4,1 milhões.
O Rio Grande do Sul tem 272 municípios com decretos de situação de emergência em razão da estiagem, conforme números da Defesa Civil neste domingo (12). A situação afeta mais da metade das 497 cidades gaúchas. Do total de decretos, 142 já foram reconhecidos pelo governo federal. Isso facilita a liberação de recursos para que as cidades combatam os efeitos da falta de chuva.
Obra da Corsan
O Canal DNOS liga a Barragem do Incra – Assentamento Filhos de Sepé, localizada em Águas Claras (Viamão), até o rio Gravataí. A estrutura de 7,3 mil metros de extensão estava assoreada, o que praticamente impedia a vazão de água para o manancial. De 21 a 31 de janeiro, foi realizado o desassoreamento, com retirada de lodo e vegetação. Com isso, o nível do rio Gravataí, que estava em -38cm no dia 21 de janeiro, registrou +50cm em 27 do mesmo mês. No período mais crítico, a Companhia precisou captar água na região mais profunda do rio, o chamado “volume morto”.
“Essa obra executada emergencialmente pela Companhia é importante e estratégica para funcionar como contingência para futuras estiagens que venham a afetar o rio Gravataí, e nos fornece maior segurança hídrica para as captações, além de possibilitar o fluxo e a vazão mínima para o rio, garantindo assim de forma indireta a vazão ecológica mínima para o rio e, consequentemente, o benefício para todo o ecossistema daquela bacia hidrográfica”, diretor de Operações da Corsan, Milton Cordeiro.
Além do desassoreamento, a Corsan realizou outras obras emergenciais, como a construção emergencial de barramento no leito do rio Gravataí; o rebaixo de nível em barragem existente no curso de água, próximo a Glorinha; e a utilização de balsas para captação de água nos pontos mais profundos do rio.