Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2022
Relatório da Uniore enfatizou o desempenho tecnológico do País e elogiou a estratégia de comunicação do TSE e o treinamento dos mesários
Foto: DivulgaçãoUm dia após a divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições deste ano, três missões internacionais de observação eleitoral emitiram relatórios preliminares atestando a segurança das urnas eletrônicas. Os documentos foram entregues ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pela União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Comunidades do Países de Língua Portuguesa (CPL) .
O presidente da Uniore, Lorenzo Córdova, afirmou que a urna eletrônica será a “principal fortaleza do segundo turno”. No relatório parcial divulgado nesta segunda-feira (3) a entidade enfatizou o desempenho tecnológico do País e elogiou pontos como a estratégia de comunicação do TSE e o treinamento dados aos mesários. Segundo Córdova, a Justiça Eleitoral brasileira demonstrou “imensa capacidade de treinar” os servidores que trabalharam nas eleições.
“A missão pode concluir que uma das fortalezas que nós observamos nas eleições brasileiras é precisamente o uso das urnas eletrônicas”, afirmou Còrdova. “A urna eletrônica não demonstrou qualquer problema e podemos ter certeza, com o resultado do primeiro turno, que esta será a principal fortaleza do segundo turno”, completou.
No exterior
Além de acompanhar as atividades do TSE, os locais de votação e os níveis de animosidade das discussões políticas do País, a Uniore, pela primeira vez, designou funcionários para observar a realização das eleições brasileiras no exterior. Membros da entidade estiveram no México, na Argentina e em Porto Rico, onde também constaram a qualidade do trabalho da Justiça Eleitoral.
“A confiança que os cidadãos depositaram nas urnas eletrônicas, que deixaram de ser objeto das discussões políticas, é uma grande notícia para a democracia brasileira, que é referência para toda a região”, comentou Córdova. “A missão felicita o TSE e reconhece o trabalho que realizaram para levar a cabo um processo eleitoral que deu todas as garantias aos cidadãos brasileiros e está revestido de todas as condições que demandam uma eleição democrática”, destacou.
Como mostrou o Estadão, a Uniore é um dos principais organismos eleitorais a acompanhar as eleições brasileiras com o objetivo de produzir relatórios detalhados sobre as condições em que a disputa se deu. “A missão constatou que a eleição se cumpriu com as regras estabelecidas para a realização do processo”, disse o presidente da instituição.
Relatórios
A OEA, por sua vez, deu ênfase ao baixo comparecimento de fiscais de partidos no acompanhamento dos procedimentos de auditoria das urnas e no inspecionamento das seções eleitorais. Segundo a organização, o procedimento de totalização dos votos e divulgação dos dados pelo TSE ocorreu “de maneira adequada durante todo o processo”.
O relatório parcial divulgado pela entidade também nesta segunda-feira destaca que a utilização das urnas eletrônicas, “submetidos a um processo de validação publicamente conhecido, revelou-se segura, confiável e expedita e não suscitou reclamações nem foram observados procedimentos suscetíveis de pôr em causa a transparência e verdade da votação”.