A formação de geadas e o grande volume de chuvas registrados em setembro trouxeram sérios problemas para as lavouras de culturas de inverno no Rio Grande do Sul. Os problemas climáticos, que ocorreram mais intensamente na primeira quinzena do mês, causaram grandes danos nas lavouras de trigo, cevada, canola e aveia.
A dimensão total do prejuízo só vai ser conhecida quando a colheita terminar, mas as ocorrências climáticas fizeram disparar os índices de sinistralidade, é o que aponta a principal seguradora privada do Estado. “Neste mês de setembro recebemos comunicados de sinistros de geada em cerca de 73% das propostas contratadas e outros 20% com aviso de granizo. Quanto ao seguro de uva, até o momento tivemos 35% das apólices com aviso de granizo, mas ainda estamos recebendo comunicado de problemas nas lavouras”, revela Otavio Simch, diretor da Tovese Corretora de Seguros.
Conforme os prognósticos meteorológicos, o El Niño será um dos piores dos últimos tempos, o que pode aumentar ainda mais a quebra de safra e os prejuízos dos produtores. Diante disso, cresce a importância do seguro agrícola. Especialistas defendem que o seguro passa a ser incorporado pelo produtor como um item dos seus custos de produção. “O seguro rural representa o menor valor dentro da planilha de custos da lavoura. Por exemplo, numa lavoura de soja que tem um custo de 2 mil reais por hectare, o seguro rural corresponde apenas 2% desse valor e o produtor não corre o risco de perder seu investimento.”, lembra Simch.