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Brasil Odebrecht entrega sistema de propinas hospedado na Suíça

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O esquema, de acordo com a empreiteira, operou de 2004 até 2015. (Foto: Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil)

O Ministério Público Federal informou ao juiz federal Sérgio Moro que a Odebrecht apresentou cinco discos rígidos ligados ao sistema My Web Day, o programa da propina da empreiteira. A cópia, segundo a força-tarefa da Operação Lava-Jato, foi extraída por autoridades suíças.

“A empresa Odebrecht S/A, em 8 de agosto de 2017, em cumprimento à cláusula 6ª, inciso I, item “e” do Acordo de Leniência firmado, veio apresentar cinco discos rígidos que informa conterem cópia forense extraída pelas autoridades suíças em servidor hospedado naquele país com dados relacionados ao sistema My Web Day utilizado pelo Setor de Operações Estruturadas, além de cópia dos dispositivos “iron key” pertencentes aos colaboradores Luiz Eduardo da Rocha Soares e Ângela Palmeira Ferreira utilizados para acesso aos seus respectivos usuários do indicado sistema”, relatou a Procuradoria da República, no Paraná.

Segundo a força-tarefa, a empreiteira informou que os discos rígidos ‘também contêm cópia forense extraída pelas autoridades suíças em servidor hospedado naquele país com dados relacionados ao sistema Drousys, o que não se confunde com a cópia forense que já havia sido fornecida a partir da extração realizada em servidor hospedado na Suécia’.

A defesa do ex-presidente Lula vinha solicitando ao juiz federal Sérgio Moro acesso a essas informações no âmbito da ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht ao ex-presidente. Em 13 de julho, o Ministério Público Federal afirmou que não tinha acesso ao sistema e nem a cópia dele.
Na quarta-feira, a força-tarefa da Lava-Jato informou a Moro que recebeu os discos rígidos ‘apenas’ no dia 8 e que a ação penal não foi instruída com ‘elementos’ do sistema.

“Considerando que o Ministério Público Federal apenas em 8 de agosto de 2017 recebeu os discos rígidos que a empresa Odebrecht S/A informa conterem cópia forense de dados relacionados ao sistema My Web Day, enfatiza-se, mais uma vez, que a presente ação penal não foi instruída com nenhum elemento extraído diretamente pelo Ministério Público Federal do referido sistema My Web Day”, afirmou o Ministério Público Federal.

“Rememora-se que a presente ação penal foi proposta em 14 de dezembro de 2017, mas o Acordo de Leniência firmado entre o Ministério Público Federal e a Odebrecht S/A foi homologado por esse d. Juízo Federal apenas em 22 de maio de 2017. Os procedimentos de colaboração são de natureza dinâmica, impondo à colaboradora a apresentação de elementos de corroboração na medida em que são obtidos ou se tornam disponíveis, valendo destacar que a Secretaria de Pesquisa e Análise da Procuradoria Geral da República está procedendo ao levantamento e à identificação do material entregue.”

Delações

Mais de seis meses depois da homologação dos acordos de colaboração premiada da Odebrecht com a Procuradoria-Geral da República, ainda não foram identificados dois codinomes atrelados à propina que teria sido repassada ao PMDB. Citados por delatores no acordo, “Tremito” e “Mestre” foram ligados à propina no PAC-SMS, contrato da empreiteira com a Diretoria de Internacional da Petrobrás, cuja propina de 40 milhões de dólares ao PMDB teria sido acertada em reunião com a participação do presidente Michel Temer. O presidente nega envolvimento em irregularidades.

A identidade dos dois, porém, não é conhecida até agora. Em depoimento gravado, o ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial Márcio Faria disse aos procuradores que o encontro para o acerto da propina no contrato com a área de Internacional da Petrobrás se deu no escritório político de Temer, em São Paulo, em 15 de julho de 2010. Ele disse ter se surpreendido com a forma com que se tratou do pagamento de propina. (AE)

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https://www.osul.com.br/odebrecht-entrega-sistema-de-propinas-hospedado-na-suica/ Odebrecht entrega sistema de propinas hospedado na Suíça 2017-08-27
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