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Oeste gaúcho deve enfrentar novas enchentes nos próximos dias, diz MetSul

Recursos já estão à disposição das prefeituras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. (Foto: Arquivo/O Sul)

O Oeste do Rio Grande do Sul deve voltar a sofrer com enchentes nos próximos dias, segundo a MetSul Meteorologia. Mais de duas mil pessoas seguem ainda fora de casa pelas enchentes resultantes da chuva do início da semana passada, que trouxe inundações nas bacias dos rios Vacacaí, Ibirapuitã e Quaraí.

As cidades de Quaraí e Alegrete foram as mais atingidas. As águas do Ibipuitã, em Alegrete, estão baixando lentamente. A prefeitura do município informou que a medição no início da tarde desta quinta-feira (5) apontou que o rio estava 8,9 metros acima do normal. Na quarta (4), 797 famílias e 2.328 pessoas foram atingidas pela cheia. A prefeitura informa que disponibilizou seis abrigos para a população.

Agora, as enchentes deverão atingir as cidades banhadas pelo Rio Uruguai na Fronteira Oeste, como Porto Xavier, São Borja, Itaqui e Uruguaiana – como consequência da chuva volumosa que atingiu o começo da bacia e a nascente no Rio Pelotas, entre a região Norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Os acumulados de chuva foram especialmente altos na bacia do Rio Pelotas, com marcas de mais de 250 mm na região de Vacaria, nos Campos de Cima da Serra, e perto de 300 mm em São Joaquim, onde duas pessoas morreram e uma está desaparecida em consequência da enxurrada.

Embora menos elevados, os volumes foram altos também em diferentes pontos do Noroeste do Estado, com 117 mm em Palmeira das Missões e 106 mm em São Luiz Gonzaga. O mesmo se verificou no Oeste e o Meio-Oeste catarinense, onde os volumes foram ainda mais altos e até extremos, com registros de 100 mm a 300 mm em muitas cidades.

A MetSul adverte que a cheia do Rio Uruguai pode ser de média a grandes proporções, tamanha a quantidade de água que está por descer para a bacia. O rio, que no verão deste ano estava muito baixo e com as pedras à vista pela estiagem, agora exibirá imagens de grande cheia.

As projeções indicam que as mais altas cotas de 2021 e do começo do outono deste ano devem ser superadas. Em São Borja, a régua argentina media em Santo Tomé, no lado argentino, 8,04 metros ao meio-dia desta quinta. À meia-noite, o nível era de 6,69 metros. E quarta, ao meio-dia, 5,97 metros. Ou seja, o Rio Uruguai sobe muito rapidamente.

Mais ao Norte, na fronteira da Argentina com o Noroeste gaúcho, as cotas já são de alerta e se aproximam da cota de inundação. Em Porto Xavier, o nível do Uruguai estava em 7,5 metros contra 4,1 metros no mesmo horário do dia anterior e subia rapidamente.

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