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Saúde Oito a cada dez mulheres brasileiras vivenciam sentimentos psicológicos negativos devido à menopausa

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Brasileiras estão entre as mulheres que mais sofrem os impactos negativos da menopausa, mostra estudo global. (Foto: Reprodução)

As brasileiras estão entre as mulheres que mais sofrem os impactos negativos da menopausa. De acordo com a pesquisa Experiência e Atitudes na Menopausa, realizada pela farmacêutica Astellas em seis países, 8 a cada 10 mulheres brasileiras vivenciaram sentimentos psicológicos negativos devido à menopausa, incluindo ansiedade (58%), depressão (26%), constrangimento (20%) e vergonha (16%). Em comparação com os números globais, as brasileiras parecem sofrer mais com estes sintomas.

A menopausa é o marco do final da vida reprodutiva, determinada após 12 meses de ausência de menstruação. Entre as brasileiras, a média de idade para seu início é aos 48 anos e ela acontece em duas fases: a perimenopausa, quando os sintomas começam a aparecer, e a pós-menopausa.

Embora a condição afete a maior parte da população – dados do Censo 2022 mostram que 51,5% da população brasileira era feminina – a menopausa ainda é cercada de tabu, preconceito e desconhecimento.

Pouco mais de um quarto (28%) dos brasileiros entrevistados acha que a menopausa é retratada de forma positiva na sociedade. Este número, no entanto, diminui para 24% dentre aquelas com experiência vivida. E globalmente, cai para 19% dentre as respondentes que possuem experiência pessoal com a menopausa.

A maioria (65%) dos brasileiros entrevistados acredita que a menopausa é um tema tabu e que as pessoas se sentem desconfortáveis ao discuti-lo. Dois terços (66%) acreditam que a menopausa e seus sintomas não são levados a sério. Este número sobe para 72% (versus 75% globalmente) entre as mulheres que possuem experiência pessoal com a menopausa.

Existem mais de 50 sintomas relacionados ao período de peri e pós-menopausa. Esses sintomas podem ser: cognitivos (como confusão mental e dificuldade de concentração), físicos (como queda de cabelo, dor nas articulações e osteoporose), urogenitais (como secura vaginal e incontinência por estresse) e vasomotores (com ondas de calor e suores noturnos). Mais de 80% das mulheres experienciam sintomas vasomotores, que são os que mais interferem na qualidade de vida da mulher, além de serem a principal causa pela qual elas procuram o tratamento.

No entanto, apenas 30% das pessoas acreditam ter um alto conhecimento sobre os sintomas da menopausa, enquanto 17% têm pouco ou nenhum conhecimento. O conhecimento é maior – mas ainda relativamente baixo – entre aquelas com experiência vivida: apenas 42% conhecem muito bem os sintomas. Esse dado cai ainda mais globalmente, em que 26% das mulheres com menopausa têm muito conhecimento sobre os sintomas.

“A menopausa é uma questão que não pode ser ignorada, mas ainda está envolvida em silêncio e mal-entendidos, sendo que o ônus imposto na saúde e qualidade de vida das mulheres é enorme”, diz a médica Thaís Ushikusa, ginecologista e diretora de Assuntos Médicos da Astellas no Brasil, em comunicado.

Vida profissional

O final da vida reprodutiva também impacta a vida profissional: 47% das brasileiras sofreram algum tipo de impacto negativo no local de trabalho, como redução da produtividade (26%), medo de contar aos colegas (17%) e até mesmo discriminação explícita (9%). Além disso, apenas 29% das trabalhadoras se sentem à vontade para conversar sobre o assunto com seu líder direto.

Novamente, os números brasileiros apontam um estigma maior para as mulheres no ambiente de trabalho: das respondentes globais, 36% tiveram impactos negativos no trabalho, 17% sinalizando a redução da produtividade, 14% com medo de contar aos colegas e 7% sofreram discriminação explícita.

Além disso, 80% dos entrevistados acreditam que as brasileiras na menopausa não são apoiadas no ambiente de trabalho e 49% concordam que elas enfrentam barreiras à progressão na carreira e reconhecimento profissional nesse período da vida.

“Com quase metade das mulheres enfrentando impactos negativos no trabalho, fica claro que muitas funcionárias estão passando por essa fase da vida em silêncio. Os empregadores devem agir para aumentar a conscientização, fornecer recursos e promover um ambiente de compreensão e inclusão, ajudando essas mulheres a prosperarem durante essa fase tão importante da vida”, ressalta a médica Maria Celeste Osório Wender, ginecologista e presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

O estudo Menopause Experience & Attitudesfoi realizado na Austrália, Brasil, Canadá, Alemanha, México e Estados Unidos, com 13.800 participantes (2.300 por país). A pesquisa foi conduzida online pela empresa de pesquisa Opinium, com a coleta de dados realizada entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. As informações são do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/oito-a-cada-dez-mulheres-brasileiras-vivenciam-sentimentos-psicologicos-negativos-devido-a-menopausa/ Oito a cada dez mulheres brasileiras vivenciam sentimentos psicológicos negativos devido à menopausa 2025-03-26
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