Ícone do site Jornal O Sul

Oligarca russo, dono do Chelsea, planeja comprar clube na Turquia

O Göztepe se encontra na 18ª posição no Campeonato Turco e está próximo de ser rebaixado. (Foto: Reprodução/Twitter Göztepe)

O magnata russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, cogita a possibilidade de comprar o Göztepe, clube da Turquia, segundo o portal “Fanatik”. Mehmet Sepil, atual proprietário da entidade, já disse que estaria disposto a vender suas ações nesta temporada.

Por conta de supostas alianças com Vladimir Putin, o empresário russo está sofrendo uma série de sanções econômicas do Reino Unido. Com isso, Abramovich busca vender o Chelsea, embora este processo se encontre na fase de seleção de compradores.

Essa sanções iniciadas no Reino Unido foram aderidas pela União Europeia. Nesse sentido, o investidor vê com bons olhos a compra de uma nova equipe na Turquia, onde ele não sofreria com punições por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia.

O Göztepe se encontra na 18ª posição no Campeonato Turco e está próximo de ser rebaixado. No entanto, a chegada de Abramovich pode revolucionar um modesto clube e torná-lo competitivo em uma liga em que os clubes mais tradicionais do país não vivem um grande momento.

Fortuna nos EUA

Em julho de 2012, uma empresa de fachada registrada nas Ilhas Virgens Britânicas transferiu US$ 20 milhões para um veículo de investimento nas Ilhas Cayman que era controlado por uma grande empresa americana de fundos de hedge.

A transferência eletrônica foi o ponto final de meses de trabalho de um pequeno exército de manipuladores e facilitadores nos Estados Unidos, Europa e Caribe. Foi uma operação furtiva destinada, pelo menos em parte, a mascarar a fonte dos fundos: Roman Abramovich.

Por duas décadas, o oligarca russo confiou nessa estratégia de investimento tortuosa – implantando uma série de empresas de fachada, direcionando dinheiro através de um pequeno banco austríaco e aproveitando as conexões das principais empresas de Wall Street – para colocar silenciosamente bilhões de dólares em proeminentes fundos de hedge dos EUA e empresas de private equity, segundo pessoas com conhecimento das transações.

A chave era que todo advogado, diretor corporativo, gerente de fundo de hedge e consultor de investimentos envolvido no processo pudesse dizer honestamente que não estava trabalhando diretamente para Abramovich. Em alguns casos, os participantes nem sabiam quem estavam ajudando a administrar o dinheiro.

Investidores estrangeiros ricos como Abramovich há muito tempo conseguem transferir dinheiro para fundos dos EUA usando configurações tão secretas e indiretas, aproveitando uma indústria de investimentos pouco regulamentada e a disposição de Wall Street de fazer poucas perguntas sobre as origens do dinheiro.

Abramovich tem uma fortuna estimada em US$ 13 bilhões, derivada em grande parte de sua compra oportuna de uma empresa de petróleo de propriedade do governo russo que ele vendeu de volta ao Estado com um lucro enorme. Este mês, autoridades europeias e canadenses impuseram sanções a ele e congelaram seus bens, que incluem o famoso clube britânico de futebol Chelsea. Os Estados Unidos não impuseram sanções a ele.

Os ativos de Abramovich nos Estados Unidos incluem muitos milhões de dólares em imóveis, como um par de residências de luxo perto de Aspen, no Colorado. Mas ele também investiu grandes somas de dinheiro com instituições financeiras. Seus laços com Putin e a fonte de sua riqueza o tornaram uma figura controversa.

Muitos dos investimentos de Abramovich nos EUA foram facilitados por uma pequena empresa, a Concord Management, liderada por Michael Matlin, segundo pessoas com conhecimento das transações que não estavam autorizadas a falar publicamente.

Sair da versão mobile