A OMS (Organização Mundial da Saúde) advertiu nesta segunda-feira (25) que o número de casos de pessoas infectadas pelo zika vírus pode aumentar “significativamente” nos próximos meses e atingir outras regiões do mundo.
Com o início na Europa da temporada dos mosquitos, “a possibilidade de uma transmissão local combinada com prováveis transmissões por via sexual poderia provocar um aumento significativo do número de pessoas afetadas pelo zika e das complicações que isto representa”, afirmou a vice-diretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny, em uma conferência sobre o tema em Paris.
Mais de 600 cientistas participam nesta segunda-feira e na terça-feira (26), no Instituto Pasteur de Paris, de um colóquio internacional sobre o zika, que se mostrou mais inquietante do que se imaginava. Os cientistas tentam determinar quanto tempo o vírus pode permanecer no corpo humano, o grau de risco de transmissão por via sexual e a lista completa de doenças que pode causar.
Também devem falar sobre o vínculo do vírus com a microcefalia e com a síndrome de Guillain-Barré. A OMS declarou que o zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é uma “emergência de saúde pública de alcance internacional”.