Sexta-feira, 03 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2023
Por outro lado, a internet é utilizada na maior parte das casas brasileiras
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilNo ano passado ao menos 6,4 milhões de domicílios do Brasil não utilizavam a internet. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), divulgada nesta quinta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o estudo, os motivos foram:
nenhum morador sabia usar a Internet (32,1%);
serviço de acesso à internet era caro (28,8%);
falta de necessidade em acessar à rede (25,6%);
serviço de acesso à Internet não estava disponível (5,4%);
equipamento para acessar a Internet era caro (3,9%);
falta de tempo (1,1%);
preocupação com segurança (0,6%)
e outro motivo (2,6%).
Por outro lado, a internet é utilizada na maior parte das casas brasileiras. Em 2022, 68,9 milhões de domicílios (91,5%) tinham acesso à rede, o que representou uma alta de 1,5 ponto percentual em relação ao ano anterior. De acordo com o IBGE, essa taxa de crescimento vem desacelerando na medida em que o País se aproxima da universalização. O instituto destaca, além disso, que a expansão tem sido mais rápida nas áreas rurais.
A banda larga tem sido o principal tipo de conexão à internet nos domicílios, variando entre 99,7% e 99,9% entre 2016 e 2022. Em 2021, a proporção de domicílios com banda larga móvel se reduziu, voltando a subir no ano seguinte. Enquanto a adoção da banda larga fixa cresceu ao longo de toda a série, superando a banda larga móvel em 2021 e 2022.
O menor percentual de domicílios com banda larga móvel estava no Nordeste (65,3%), enquanto as demais regiões superaram os 80%, com o Sudeste liderando (88,7%). A pesquisa mostrou ainda que a proporção de pessoas com 10 anos ou mais de idade que utilizaram a internet no Brasil passou de 84,7% em 2021, para 87,2% no ano passado.
A alta também ocorreu entre a terceira idade. O percentual de pessoas com 60 anos ou mais que utilizam a internet subiu de 24,7% em 2016 para 62,1% em 2022. O equipamento mais utilizado para se conectar foi o celular (98,9%), seguindo pela TV (47,5%).
Em relação às localidades, a região com maior percentual de usuários da internet é o Centro-Oeste, influenciado pelo Distrito Federal, que tem a maior proporção (96,6%) de usuários entre as 27 Unidades da Federação (UFs). As regiões Norte (82,4%) e Nordeste (83,2%) permaneceram com os menores resultados, mesmo apresentando as maiores expansões entre 2021 e 2022.
Na área rural, o percentual era menor, mas vem crescendo. Em 2016 começou em 33,9%, passou para 67,5% em 2021 e atingiu 72,7%, no último ano.
Em relação aos domicílios com televisão, 43,4% (ou 31,1 milhões) utilizavam algum serviço pago de streaming de vídeo. Entre os domicílios com esse serviço, 95,3% também acessavam canais de televisão, sendo 93,1% na TV aberta e 41,5% com TV por assinatura.
Apenas 4,7% dos domicílios com acesso pago a streaming de vídeo não tinham TV aberta ou por assinatura.
“Isso mostra que o streaming ainda está longe de substituir as modalidades mais tradicionais de TV”, explica Leonardo Quesada, analista da pesquisa.