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Justiça determina que manifestantes liberem a garagem da Carris

Durante toda a manhã desta segunda-feira, a saída da garagem da Carris ficou bloqueada. (Foto: Jackson Ciceri/O Sul)

A Justiça determinou a desobstrução imediata da garagem da Carris, no bairro Partenon, em Porto Alegre, sob pena de multa diária de 20 mil reais em caso de descumprimento. Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (03), os ônibus da empresa são impedidos de circular em Porto Alegre. A Carris anunciou o corte do ponto dos grevistas. A categoria argumenta que não há segurança nas ruas da Capital devido à anunciada redução do policiamento em razão do parcelamento dos salários dos servidores estaduais, anunciado na sexta-feira (31) pelo governo do RS. Todas as outras empresas de transporte público estão operando normalmente.

Para minimizar o impacto da paralisação dos servidores da Carris, que atinge milhares de passageiros, a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) remanejou ônibus de outros consórcios para atender as linhas T1, T4, T6, T11 e 343 – Campus Ipiranga.

Serviços essenciais devem ser paralisados ou reduzidos ao longo do dia no Estado, incluindo a área da educação. Servidores fizeram, nesta manhã, uma manifestação em frente ao Centro Administrativo Fernando Ferrari. Eles seguiram em caminhada pelas ruas do Centro da Capital.

A Polícia Civil  está com o atendimento limitado. Os agentes atendem somente flagrantes e crimes graves. No 9º Batalhão de Polícia Militar, na avenida Praia de Belas, familiares de policiais fazem um protesto contra o parcelamento dos salários, prejudicando o trânsito. Segundo a Brigada Militar, a corporação atua normalmente no Estado e não há aquartelamento.

Em nota, o governo gaúcho afirmou que “reconhece e respeita a legitimidade das manifestações sindicais que possam ocorrer de maneira democrática e responsável” e que fará todos os esforços para manter a normalidade dos serviços públicos. “Renovamos à população gaúcha nossa disposição de enfrentar esta situação por meio da solidariedade de toda a sociedade. A crise é estrutural e não será resolvida pelo velho radicalismo político. O enfrentamento real e decisivo depende da união de todos os gaúchos”, disse o Executivo.

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