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ONU: Pelo menos 64 civis morreram e 176 ficaram feridos em ataques na Ucrânia

Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil neste sábado em Kiev. (Foto: Reprodução)

Pelo menos 64 civis morreram e mais de 300 mil tiveram que sair de suas casas na Ucrânia desde o começo da invasão por tropas russas, disse uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) neste domingo (27).

Além dos mortos, há 176 feridos, de acordo com as informações do Comissariado para Direitos Humanos da ONU.

Além dos 160 mil que tiveram que sair de suas casas, mas continuam no país, há 368 mil que deixaram a Ucrânia – a agência de refugiados da ONU afirmou neste domingo (27) que esse número será atualizado com frequência.

Essas são as informações que chegaram à ONU; no relatório afirma-se que os número são provavelmente mais altos.

A destruição à infraestrutura da Ucrânia (por exemplo, pontes, estradas, usinas que geram energia elétrica) deixaram milhares de pessoas sem eletricidade ou água.

Centenas de casas foram danificadas ou totalmente destruídas. Comunidades ficaram isoladas por causa da destruição de estradas.

O balanço foi feito em parceria com outro órgão da ONU, a Coordenadoria de Assuntos Humanitários.

Os dados são referentes aos três primeiros dias da invasão russa.

Conselho de Segurança

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá neste domingo para aprovar uma resolução pedindo uma sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, informaram fontes diplomáticas.

Para que seja aprovada, nove dos 15 membros do Conselho de Segurança têm que votar a favor da resolução. Esse tipo de convocação, previsto no regulamento da ONU e usado em raras ocasiões, não contempla a possibilidade de veto de nenhum dos cinco membros permanentes, o que impede a Rússia de se opor.

A Assembleia Geral das Nações Unidas conta com 193 membros e não existe direito a veto.

O objetivo dessa sessão da Assembleia Geral é “que os 193 membros da ONU se posicionem” sobre a guerra que eclodiu devido à invasão russa à Ucrânia e sobre “a violação da Carta das Nações Unidas”, disse à AFP um diplomata, que pediu para não ser identificado.

A reunião deste domingo, convocada pelos Estados Unidos e pela Albânia, será a quarta do Conselho de Segurança desde a última segunda-feira sobre a guerra.

Após o fracasso de uma resolução do Conselho de Segurança nesta sexta-feira, um texto semelhante deve ser apresentado à Assembleia Geral da ONU na próxima semana, segundo fontes diplomáticas. Diplomatas disseram à AFP que, nesse caso, esperavam obter uma maioria de mais de 100 membros da ONU a favor do texto.

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