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Geral ONU quer o fim de novos postos de petróleo

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o mundo vive o colapso da mudança climática. (Foto: Reprodução)

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que os países que integram o G-20 não devem investir em novos projetos domésticos de extração de petróleo, para impulsionar a transição verde e servir como modelos para os demais. Segundo ele, a transição verde precisa ser acelerada, com uma mudança da mentalidade global para garantir os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) e conter o aquecimento global.

Durante a 2ª reunião de ministros de relações exteriores do G-20, que acontece no âmbito da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Guterres defendeu também a ampliação da atuação dos bancos multilaterais de desenvolvimento.

“Precisamos de uma rede de segurança financeira muito mais robusta do que existe hoje”, afirmou, ao destacar que os bancos precisam facilitar o acesso a financiamento para países em desenvolvimento.

Na terça-feira, falando na Assembleia Geral, Guterres disse que o mundo vive o colapso da mudança climática, com altas temperaturas e outros eventos extremos, e que o futuro sem combustível fóssil “é certo”. E sugeriu que o dinheiro investido atualmente no setor fosse usado para a transição para energias limpas. Guterres disse ainda que a inteligência artificial mudará “tudo” e que a nova tecnologia deve impactar setores, como educação e política.

Águas perigosas

“Estamos em águas perigosas”, alertou António Guterres sobre aumento do nível do mar. Na quarta-feira, ele esteve em uma reunião plenária de alto nível sobre o assunto e fez afirmações contundentes sobre as ameaças existenciais causadas pelo aumento dos níveis oceânicos.

Em seu discurso, o chefe das Nações Unidas aponta que a água dos mares está subindo a uma velocidade sem precedentes nos últimos 3 mil anos, com impactos arrasadores já sendo sentidos ao redor do mundo.

Colapso climático

De acordo com o secretário-geral, a taxa de aumento mais do que dobrou desde a década de 1990. Ele aponta que o aumento do nível do mar é uma consequência direta do aquecimento global, causado em grande parte pela queima de combustíveis fósseis.

O chefe da ONU afirmou que temperaturas acima de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais podem desencadear o colapso irreversível de geleiras na Groenlândia e na Antártida Ocidental.

Guterres também destacou que comunidades costeiras estão entre as mais vulneráveis, com 900 milhões de pessoas vivendo em áreas diretamente ameaçadas.

Impacto econômico

O impacto econômico também é significativo. Guterres lembra que países insulares como Vanuatu e regiões costeiras como Bangladesh já sofrem danos severos, incluindo a destruição de infraestrutura e colheitas devido à salinização da água.

O chefe das Nações Unidas destacou que “enquanto os mais pobres sofrem mais, nações ricas também estão gastando bilhões em adaptações para conter os danos”.

O secretário-geral apelou aos líderes mundiais para que tomem ações drásticas e urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adaptar suas economias às novas realidades climáticas.

Ele reforçou que apenas uma resposta coordenada e imediata pode evitar um cenário em que vidas, economias e países inteiros “sejam arrastados pelas águas”.

Para Guterres, somente uma ação drástica para reduzir as emissões pode limitar o aumento do nível do mar e ações drásticas de adaptação podem salvar populações da subida das águas.

Ele lembrou que a Iniciativa de Alertas Precoces deve proteger toda a população global até 2027 e todos os países devem entregar novos planos nacionais de ação climática antes da COP30, no próximo ano.

O secretário-geral acrescentou que os planos devem estar alinhados com a meta de 1,5ºC, abranger todos os setores da economia e eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, de forma rápida e justa.

Investimento

Ressaltando que os países do G20, bloco das 20 maiores economias do mundo, são responsáveis por cerca de 80% das emissões globais, Guterres avalia que eles devem liderar as iniciativas e alinhar seus planos de produção e consumo de combustíveis fósseis com o Acordo de Paris.

Ele finalizou destacando que o “dinheiro é indispensável” e por isso as partes devem buscar um “resultado financeiro sólido na COP29”, inclusive em relação a fontes de capital novas e inovadoras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da ONU.

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