Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Quando propôs em setembro de 2010 “extirpar o DEM” da política brasileira, o ex-presidente Lula não imaginava o que ocorreria no futuro. Ele hoje encontra-se preso, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão, e à espera de mais duas sentenças. Contrariando seu prognóstico, o DEM cresceu de 21 deputados federais em 2014 para 29 deputados eleitos este ano, e se consolida como força política conservadora no Congresso Nacional, ao lado do campeão de votos, o PSL do presidente eleito Jair Bolsonaro. Agora, a oposição articula criar o que chama de “resistência”.
Onyx Lorenzoni e a resistência
Em se tratando de”resistência”, o deputado gaúcho Onyx Lorenzoni, futuro da Casa Civil do futuro governo Jair Bolsonaro, é um especialista. Liderou a bandeira conservadora no Estado, ao lado de pioneiros como Reginaldo Pujol e Germano Bonow desde o antigo PFL gaúcho. Ele lembra que “quando eu cheguei em Brasília em 2003 eu já sabia quem era o PT. Eu não tinha nenhuma ilusão que eles pudessem dar certo. Sabem porquê?
Em 1988 eu estava na eleição que eles conquistaram a prefeitura de Porto Alegre e eu vi o que eles fizeram em Porto Alegre. Como cidadão, como pai de família e depois, como político. Começaram fazendo uma intervenção nas empresas de ônibus sabe para que? Para arrecadar mais dinheiro. Aí se instituiu o caos em Porto Alegre, e para poder repor o que eles tinham levado das empresas, instituíram o plus tarifário.
Fizeram aqui em Porto Alegre o trabalhador pobre pagar um quilo de ouro por dia para renumerar as empresas. ”
A “resistência”
Vivendo os piores momentos de isolamento do DEM, Onyx relata: “o aparelhamento da máquina pública feito na prefeitura de Porto Alegre em dado momento no governo Tarso Genro por exemplo, tinha mais jornalistas contratados na prefeitura de Porto Alegre, do que nos veículos de comunicação da cidade, que não eram poucos à época, só para a gente lembrar.”
O caso Ford
Onyx recorda ainda que “da mesma vi o governo Olívio mandar a Ford embora apenas para dizer “Ianques Go home. O esforço que o Rio Grande do Sul havia feito faria do Estado o único lugar do mundo onde as duas gigantes americanas, GM e Ford, estariam junto. Isso só ocorre em Detroit. Aconteceria no Estado do Rio Grande do Sul. Isso foi tudo perdido.”
O caso do Colégio Tiradentes
O conservador Onyx recorda ainda que “também vi naquela época – governo Olívio Dutra – a destruição de uma ideia generosa e eficiente em educação. O colégio militar Tiradentes, que era da Brigada Militar, que o governo Olívio Dutra havia tirado do comando da Brigada e jogado na vala comum da Secretaria de Educação. Tivemos quase que fazer uma revolução na Assembleia. Fui autor do decreto que retornou à Brigada Militar o comando do Tiradentes, que é um exemplo de escola para o Estado e para o Brasil.” Ele recorda que “quando chegaram ao poder em janeiro de 1999, não era a bandeira brasileira que estava tremulando no Palácio Piratini, muito menos a bandeira gaúcha: era a bandeira de Cuba.”
O caso dos transgênicos
E prossegue: “da mesma forma,eu vi a luta dos transgênicos onde deputados petistas iam à tribuna da Assembléia Legislativa falar que a transgenia “dava câncer ou AIDS”. Ou seja, a mentira já estava ali. A desfaçatez já restava ali. A desfaçatez já estava ali.”
“Eu já sabia”
“Então, eu sabia com quem eu estava lidando. Então quando eu fui lá, eu fui para enfrentar o que eu achava que era um mal. Hoje eu tenho a certeza que era um mal, e os brasileiros todos sabem: era um projeto para manter o poder no Brasil por 30, 40 anos, usar o dinheiro dos brasileiros para financiar projetos de poder ideológico pela América Latina inteira. Então eu tinha que ser a pedra no sapato. Sabem porquê? porque estava na Bíblia: a gente é sal da terra e luz da vida. Tem hora que tem que ser sal, tem que salgar, tem que ser pedra e se contrapor.”
A nova realidade
“Nossa geração foi incompetente para responder a tudo isso. Portanto,agora se abre um tempo e uma possibilidade, já que nós afastamos o perigo da dominação comunista e socialista no Brasil.
Portanto, eu acredito firmemente que o Brasil vai endireitar,que o Brasil tem um encontro com o seu futuro,recuperando princípios fundamentais, recuperando valores que são indissociáveis da vida e da felicidade,que são a liberdade, a propriedade e o respeito ao contrato social.
Estas são as bases dos países que na cultura ocidental conseguiram prosperar, saíram de um caminho de menos felicidade, para um caminho de mais felicidade.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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