Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Flavio Pereira | 11 de março de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou ontem, em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei que autoriza Estados, municípios e o setor privado a comprarem vacinas contra a covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no Brasil. Foi a oportunidade para alguns balanços sobre os números verdadeiros do enfrentamento à epidemia.
Narrativas falsas
Secretário-geral da presidência da Republica, o gaúcho Onyx Lorenzoni comentou ontem a sucessão de narrativas desinformando a sociedade em relação às ações do governo, em especial na questão das tratativas para aquisição de vacinas:
“Há os que vivem de narrativa, contorcionismo e mentiras repetidas, e há os que trabalham por um país melhor. O povo sabe quem está ao seu lado.”
Na assinatura de dois atos ontem no Palácio do Planalto para facilitar a aquisição de vacinas, o presidente Bolsonaro reforçou que as negociações por vacina iniciaram em junho de 2020 e lembrou que sempre deixou claro que todas certificadas pela Anvisa seriam e seguirão sendo compradas.
Segundo Onyx, “ao contrário do que alguns espalham por aí – e sabemos o porque – o presidente lembrou que já somos o 5° país do mundo que mais está vacinando. Até junho teremos 100 milhões de doses e até o fim do ano 400 milhões. Em alguns meses o Brasil, estará produzindo vacinas contra o covid. Em toda a América, apenas BR e EUA serão produtores”.
Os números reais
Jair Bolsonaro apresentou os números reais:
“Já distribuímos 17 milhões de vacinas. Já temos vacinados, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas. Isso equivale a uma população maior do que o Estado de Israel, que são 9 milhões de habitantes.”
Ele prometeu mais de 400 milhões de doses para imunizar a população brasileira até o fim deste ano.
A pesquisa da CNN
A fala de Onyx deu-se no dia em que pesquisa da CNN apresentou larga vantagem do presidente Jair Bolsonaro numa eventual disputa eleitoral em primeiro ou segundo turno contra Lula, Moro, Ciro Gomes, Haddad, Huck, etc.
General Rocha Paiva
No seu artigo “Aproxima-se o ponto de ruptura”, o presidente do Clube Militar, general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, um dos mais respeitados estrategistas militares (Turma Marechal Artur da Costa e Silva/1973/AMAN), comenta a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações de Lula nos processos da 13ª. Vara Federal de Curitiba. Alguns tópicos do artigo do general Rocha Paiva:
“O STF feriu de morte o equilíbrio dos Poderes, um dos pilares do regime democrático e da paz política e social. A continuar esse rumo, chegaremos ao ponto de ruptura institucional e, nessa hora, as Forças Armadas (FA) serão chamadas pelos próprios Poderes da União, como reza a Constituição. Por isso, hoje, é bom lembrar Rui Barbosa: A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer. O grande jurista se referia ao recurso a instâncias legais.
“Uma só pessoa desdenhou das decisões das Cortes da Justiça de Primeira Instância, de um Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça, onde, em todas elas, Lula, uma criatura deplorável, fora condenado. Com base em meandros jurídicos de menor relevância diante das robustas evidências de corrupção em mais elevado grau, Fachin escandalizou o Brasil e causou um choque brutal em nossa autoestima, orgulho e confiança no País.”
Recado final de Rocha Paiva
Ao final, o presidente do Clube Militar faz uma advertência:
“Em um conflito entre Poderes, a qual deles as Forças Armadas se submeterão? Com certeza, ficarão unidas e ao lado da Nação, única detentora de sua lealdade. Que a liderança nacional tenha isso em mente.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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