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Onze ministros viram alvo por mau comportamento

Já são 11 os ministros de Lula dos quais deputados exigem explicações sobre má conduta no enfrentamento ao desastre no Rio Grande do Sul causado pelas chuvas.

Em pior situação está o ministro da Propaganda, Paulo Pimenta (Secom), que acionou a Polícia Federal para investigar cidadãos e parlamentares por críticas em redes sociais.

São seis pedidos de convocação e um de informação. Pimenta acabou complicando Ricardo Lewandowski (Justiça), que soma cinco pedidos de convocação.

Boca suja

Pimenta ainda tem que explicar fala sobre “botar pra f* com eles” em reunião sobre as enchentes no Rio Grande do Sul.

Explica, Marina

Marina Silva (Meio Ambiente) também está na lista de convocação para explicar impactos ambientais e as ações tomadas em resposta à crise.

Purificadores para Gaza

Sobrou para o chanceler de enfeite Mauro Vieira explicar o envio de purificadores de água para a Gaza enquanto o Sul precisa de socorro.

Só atrapalha

Deputados também querem que Rui Costa (Casa Civil) explique conduta da ANTT, que barrou e multou caminhões com doações ao Sul.

Governo tenta intimidar chamando críticas de “fake”

É cada vez pior o odor que exala da fake news do governo para tentar desqualificar o flagrante do SBT dos caminhões multados pela ANTT, agência federal de transportes, por não apresentarem “nota fiscal” dos donativos aos gaúchos.

O governo insistiu que era “fake news”, apesar dos vídeos do flagrante, multas expedidas e entrevistas das vítimas do abuso. Ficou clara a nova estratégia de intimidar notícias desfavoráveis taxando-as de “fake news” e usando a Polícia Federal contra os autores.

Mitomania

O governo insistiu na mentira mesmo após o diretor da ANTT, Rafael Vitalle, confirmar terem sido seis casos e prometer anular as multas.

Testemunha

O governo não recuou nem quando do pessoal da Defesa Civil apareceu em vídeo ao lado do governador Jorginho Mello (SC) atestando o fato.

Ministério da Verdade

A máquina de propaganda do Planalto se voltou contra o governador Jorginho Mello, passando a acusá-lo de “fake news”. Que vergonha.

Nova presepada

Denúncias no X dão conta do bloqueio, pelo Ibama, de obra para alargar uma seção da BR-116, destruída nas enchentes: empresários voluntários que faziam o trabalho não tinham “autorização do órgão ambiental”.

Quem quer dinheiro?

Fez parte do acordo para a aprovação do imposto DPVAT no Senado a liberação de R$3,6 bilhões (de R$5,6 bilhões) em emendas de comissão vetadas por Lula. No dia seguinte à aprovação, o veto foi derrubado.

Fábrica de marajás

A CCJ do Senado prepara regalia para servidores que ocupam cargos comissionados na Câmara, no Senado e no TCU. Quer pagar meia ao servidor mais meia remuneração bruta por cada 12 meses de trabalho.

STF parceiro

O senador Márcio Bittar (União-AC) vê “a utilização do STF pelo governo” como preocupante: “O governo senta para negociar enquanto o STF ganha tempo e avança no ganho de poder exagerado e descabido”.

Portugal solidário

Já são mais de 150 toneladas as doações de roupas e alimentos arrecadadas em Portugal para ajudar a população do Sul que sofre em decorrência do dilúvio. Holanda e Israel também têm ajudado.

Amália na UTI

É grave o estado de saúde da deputada Amália Barros (PL-MT), informa boletim médico, divulgado na sexta (10). Amália foi internada em 1º de maio para retirar nódulo no pâncreas. A parlamentar está na UTI.

Conta outra…

Pegou muito mal a afirmação de Fernando Haddad (Fazenda) durante entrevista na TV do governo, na qual ninguém acreditou, de que Lula lhe telefona para perguntar “o preço disso, o preço daquilo”, como o arroz.

Gaúchos no escuro

Nas contas do Ministério de Minas e Energia, o dilúvio no Rio Grande do Sul deixou cerca de 1,2 milhão de pessoas sem luz elétrica, quase 10% dos gaúchos. A normalização do serviço depende do recuo da água.

Pensando bem…

… Melhor doador que “só quer aparecer”, mas doa, do que governante falastrão que não honra a promessa bilionária.

PODER SEM PUDOR

Doador solícito

Juarez Távora era candidato a presidente e foi a São Luís (MA) com o governador de São Paulo, Jânio Quadros, que o apoiava. Momentos antes, Adhemar de Barros, adversário de Jânio, deixava o mesmo hotel que receberia a dupla, quando o abordaram pedindo dinheiro para “entidades beneficentes”.

Solícito, Adhemar prometeu uma doação generosa, mas o pedido deveria ser feito à “pessoa certa”, prestes a chegar: “É o dr. Jânio Quadros”. Os pedintes ficaram animados e Adhemar deu mais uma dica: “Se ele não quiser dar, insistam. O homem é um tremendo pão-duro.”

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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