Segunda-feira, 03 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2025
A OpenAI lançou o Deep Research, um novo recurso que opera o agente do ChatGPT de forma autônoma para “planejar e executar um percurso de várias etapas para encontrar os dados de que precisa, buscando e reagindo a informações em tempo real quando necessário”.
Em suma, o chatbot vai mostrar trechos do raciocínio que fez e de onde tirou as informações que geraram a resposta com citações e um breve relato de como o processo foi conduzido.
Para usar a pesquisa aprofundada no ChatGPT basta selecionar Deep Research na barra de perguntas e inserir o comando. Também é possível anexar um arquivo ou uma imagem para adicionar contexto. Uma notificação aparece quando a consulta é finalizada.
E o que o Deep Research faz na prática? Anunciado como uma solução para quem trabalha com finanças, ciência, política e engenharia, a busca aprofundada consegue, por exemplo buscar estudos recentes de consultorias como McKinsey e Gartner, artigos acadêmicos e notícias para elaborar um relatório com previsões do mercado. Ele também pode examinar repositórios de pesquisa e fazer um resumo do conteúdo com as fontes pesquisadas ou comparar tecnicamente produtos concorrentes e fornecer uma análise.
No teste feito pela OpenAI, a ferramenta apresentou bons resultados, mas alguns problemas já foram antecipados. Por enquanto o Deep Research está disponível apenas na versão web e a pesquisa aprofundada pode demorar entre cinco e 30 minutos para ser concluída. Além disso, o recurso foi liberado para usuários do ChatGPT Pro, a assinatura mais cara da empresa, limitado a 100 consultas por mês.
Uma limitação foi avisada pela empresa de Sam Altman. Na apresentação do produto, os desenvolvedores disseram que a nova ferramenta “às vezes alucina” e inventa fatos. Em tese, a pesquisa aprofundada erra quando não consegue diferenciar rumores de fatos e notícias, portanto confunde o raciocínio e dá respostas imprecisas.
A previsão é que a novidade chegue para versões de desktop e aplicativos móveis no final de fevereiro. O limite de consultas mensais também deve aumentar e os assinantes do plano básico podem receber a novidade em breve, segundo a empresa.
Deep Research
O Deep Research responde a comandos apenas em texto, mas isso deve mudar. A OpenAI disse que em breve, as respostas aprofundadas serão mostradas com ajuda de imagens, um visualizador de dados e outros resultados “analíticos”. Ainda está no cronograma da empresa a capacidade de conectar “fontes de dados mais especializadas”, o que inclui recursos internos e “baseados em assinatura”.
Esse anúncio vem no momento em que a OpenAI precisa se provar diante dos competidores chineses. Outra preocupação da empresa é achar novas utilidades para seu modelo de IA, até por isso o ChatGPT ganhou uma função de agente pessoal recentemente, o Operator.
Em um comunicado a imprensa, a OpenAI diz que o modelo que alimenta o Deep Research alcançou um novo patamar de precisão em um benchmark de IA chamado “Humanity’s Last Exam” (ou O Último Teste da Humanidade, em português), que pede respostas muito especializadas. Esse modelo de pesquisa aprofundada registrou precisão de 26,6% com ferramenta de navegação e python habilitadas, resultado superior aos 3,3% do GPT 4o e o GPT o3-mini avaliado com 13%.