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Rio Grande do Sul Operação de revista no Presídio Regional de Caxias do Sul encontra drogas, celulares e armas artesanais

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Medida foi anunciada dez dias após detento morrer a tiros em Canoas. (Foto: Rafa Marin/Arquivo Susepe)

Armas artesanais, celulares, carregadores, chips e substâncias similares a maconha ou cocaína. Esse foi o saldo da mais recente operação especial de revista da Polícia Penal gaúcha no Presídio Regional de Caxias do Sul (PRCS). Cerca de 140 servidores participaram do trabalho, que abrangeu 400 detentos de 72 celas em duas galerias do complexo.

O governo gaúcho ressalta que a iniciativa é motivada pelo aumento dos índices de crimes contra a vida na região, conforme estatísticas analisadas no âmbito do programa estadual “RS Seguro”. Muitos desses incidentes são coordenados por apenados, daí a estratégia de apertar o cerco também no interior das unidades prisionais.

Desde o janeiro já foram realizadas 11 intervenções no PRCS e na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul (PECS), os dois estabelecimentos de regime fechado na cidade. Na lista estão nove revistas gerais e dois cumprimentos de mandados de busca e apreensão, de forma articulada com a Polícia Civil.

A mais recente operação na PECS foi realizada na sexta-feira passada (16), seguida da transferência de seis detentos identificados como líderes de organizações criminosas. O grupo teve como destino o Complexo Prisional de Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre), onde há bloqueadores de celulares.

O titular em exercício da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Cesar Kurtz, corrobora a ideia das  revistas como um elemento adicional no enfrentamento da criminalidade:

“As operações já são rotina nas casas prisionais do Estado e são intensificadas sempre que é apurada alguma denúncia de irregularidade ou ingresso de materiais. A Polícia Penal trabalha constantemente para impossibilitar e dificultar a entrada de substâncias ilícitas e de aparelhos celulares nos estabelecimentos prisionais”.

Outra medida para tornar o município mais seguro tem sido a fiscalização de indivíduos em cumprimento de prisão domiciliar. Deflagrada em conjunto com a Polícia Civil e Brigada Militar, a iniciativa totaliza até agora 11 visitas no ano passo e duas desde janeiro.

O diretor da Superintêndencia dos Serviços Penitenciários (Susepe), Mateus Schwartz, acrescenta: “As intervenções nas unidades prisionais das dez regiões penitenciárias serão mantidas de forma constante, sobretudo nos municípios apontados como mais violentos do Estado. Essas ações contam com a qualificação técnica e tática do Grupo de Ações Especiais e dos Grupos de Intervenção Rápida, em um trabalho que envolve todos os servidores”.

Passo Fundo

No dia 9, uma operação nos mesmos moldes teve como alvo o Presídio Regional de Passo Fundo (Região Norte do Estado). Uma revista nas três galerias do complexo levou ao recolhimento de celulares, carregadores e porções de drogas, encaminhados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento do Município.

A ofensiva contou com a participação de quase 100 servidores penitenciários. Os resultados foram compartilhados com o público no site susepe.rs.gov.br.

(Marcello Campos)

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