Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de novembro de 2021
O grupo criminoso comercializava em torno de 800 quilos de carne por semana
Foto: Tiago Coutinho/MP-RSO MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) – Segurança Alimentar, deflagrou nesta quinta-feira (18), em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, a Operação Hipo para desarticular uma quadrilha que vendia carne de cavalo para lancherias, alegando que era de gado.
Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão. Seis pessoas foram presas. Segundo o MP-RS, o grupo investigado abastecia estabelecimentos da cidade com grandes quantidades de carne (em forma de hambúrgueres e bifes) provenientes do abate clandestino de equinos, suspeita que foi confirmada por meio da realização de perícias em duas hamburguerias, em cujos lanches foi encontrada presença de DNA de cavalo. Também eram misturadas carnes de peru e suíno.
“Eram distribuídos em torno de 800 quilos semanais”, revelou o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho. Conforme o Ministério Público, a quadrilha não possui autorização para o abate e comercialização de nenhum tipo de carne.
Assim, as atividades de abate, beneficiamento, armazenamento e venda vinham ocorrendo sem qualquer fiscalização, o que é essencial para prevenir que carnes sem inspeção de fiscais médicos veterinários sejam consumidas pelas pessoas.
Segundo a legislação, a carne de cavalo pode ser consumida no Brasil desde que os animais sejam abatidos em estabelecimentos sob inspeção veterinária. A produção nacional é voltada para a exportação, já que os brasileiros não têm costume de comer carne de cavalo por questões meramente culturais.
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