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Operação Lava-Jato intensifica ações em 2016

(Foto: Cassiano Rosário/AE)

Ações da Operação Lava-Jato estão mais frequentes neste ano. Enquanto em 2015 houve praticamente uma nova fase por mês, em 2016 a média subiu para uma etapa a cada três semanas. Apesar do aumento, no domingo (15) completaram-se 33 dias sem ações – o maior intervalo em 2016.

Até o fim de abril do ano passado, a Lava-Jato havia prendido 21 pessoas e levado 27 para prestar depoimento. Neste ano, já foram 35 prisões e 50 conduções coercitivas. Em 2014, primeiro ano da operação, houve uma fase deflagrada a cada 41 dias. O número de presos, no entanto, era maior: uma média de sete por fase. Em 2015, esse número baixou para quatro e voltou a subir para cinco em 2016.

No total, o juiz Sérgio Moro autorizou 133 prisões e 148 conduções coercitivas. A Justiça Federal do Paraná recebeu 52 denúncias, e Moro definiu a sentença para 17 delas, condenando 67 pessoas. O tempo médio entre o recebimento da denúncia e o julgamento de Moro é de quase oito meses. Existem casos mais demorados, porém. Sete processos aguardam decisão há mais de dois anos, por exemplo.

O caso Banestado, com 20 denunciados, foi julgado por Moro em um ano. Já o mensalão, com 40 denunciados, levou cerca de cinco anos e oito meses para ser concluído no STF (Supremo Tribunal Federal). Em relação à Lava-Jato, o STF tem apenas uma ação penal cujo réu é o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Oito denúncias foram enviadas ao Supremo, que já instaurou 43 inquéritos. Há um total de 106 investigados ou com pedido de investigação no Supremo. O partido com mais alvos é o PP (32), seguido do PT (23) e do PMDB (20). (Folhapress)

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