Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2020
Desde cedo, aproximadamente 400 policiais já estavam em diligências no cumprimento das ordens judiciais.
Foto: Divulgação/PCA Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (4), em Dom Pedrito, a Operação Sicário. O objetivo da operação foi desmantelar uma associação criminosa responsável por crimes tráfico, roubo e homicídio, com vinculação a uma facção criminosa de atuação estadual. A operação resultou na prisão de 38 pessoas, além de apreensão de drogas, armas, balança de precisão e celulares.
Desde cedo, aproximadamente 400 policiais já estavam em diligências no cumprimento das ordens judiciais, dentre elas 64 mandados de busca e apreensão, 36 mandados de prisão preventiva e 24 bloqueios judiciais de contas bancárias.
A investigação, iniciada em outubro de 2019, apurou que a associação criminosa é comandada por um detento da cidade de Dom Pedrito, atualmente recolhido à Penitenciária de Charqueadas. O líder da organização conta com um grande aparato financeiro, dezenas de associados e de logística para comandar o grupo, mesmo de dentro do cárcere.
Segundo o delegado André Mendes, o grupo criminoso, com atuação disseminada por toda a cidade, atua principalmente no tráfico de drogas, mas também é investigado por planejar e executar crimes de roubo, praticados contra empresários locais (óticas, lotéricas e residências), com o objetivo de angariar recursos de forma rápida, valores utilizados para capitalizar a associação.
“O esquema criminoso conta com dezenas de vendedores de drogas, assim como indivíduos que auxiliam o líder criminoso no controle financeiro do tráfico, além do armazenamento, transporte e distribuição dos entorpecentes. Dentre os gerentes do grupo está, inclusive, a companheira do líder da associação criminosa, que além de ser responsável por gerenciar recursos financeiros, através de movimentações bancárias, também participa ativamente na distribuição da droga e introdução de drogas no presídio de Dom Pedrito, onde até poucas semanas atrás o marido estava preso e liderava uma das galerias da casa prisional”, relatou o delegado.
No tocante às movimentações financeiras, foram identificadas 24 contas bancárias, em instituições financeiras diversas, através das quais a associação realizava o recebimento e o pagamento dos valores referentes ao tráfico de drogas.
Ao longo das investigações foram realizadas prisões em flagrante e prisões preventivas, inclusive do líder da associação criminosa. Também foram apreendidas drogas. As provas foram incluídas nos autos do processo e durante a investigação nove pessoas da associação criminosa já haviam sido presas.
A operação foi denominada “Sicário” (sedento de sangue, sanguinário, cruel, assassino pago, malfeitor, facínora) em razão da frieza e facilidade com que o líder da associação criminosa ordenou crimes de homicídio, sempre em torno do tráfico de drogas, impondo medo na comunidade.
A operação contou com o apoio logístico do Exército Brasileiro, da Brigada Militar, da Polícia Rodoviária Federal, e de helicóptero da Polícia Civil, dando apoio aéreo às equipes em solo durante o cumprimento dos mandados.
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