Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de fevereiro de 2016
A oposição venezuelana reagiu nesta sexta-feira (12) à decisão da Suprema Corte do país que validou a “emergência econômica” decretada pelo presidente Nicolás Maduro após o Parlamento ter rejeitado a medida. Com o decreto, o governo poderá dispor de recursos sem controle do Parlamento, assim como de bens e mercadorias de empresas privadas, para garantir o abastecimento, além de poder restringir o sistema monetário e o acesso à moeda local e estrangeira por 60 dias, “prorrogáveis”.
Após a decisão judicial favorável ao presidente, a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, anunciou que acelerará o plano para a “saída” de Maduro antes do término do seu mandato. O projeto de destituição foi apresentado no início deste mês, e a bancada opositora agora diz que o prazo de seis meses para uma solução “constitucional” para antecipar o fim do governo de Maduro “é longo demais”.
O presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, fez o anúncio durante entrevista coletiva convocada para rejeitar a decisão da Suprema Corte, a qual ele chamou de “inconstitucional”. “Nos próximos dias teremos que oferecer uma proposta concreta para a saída desta desgraça nacional que é o governo de Nicolás Maduro”, disse o deputado. Allup afirmou também que denunciará a decisão da Corte em órgãos internacionais como a OEA (Organização dos Estados Americanos).