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Mundo Oposição no Senado quer convocar o ministro das Relações Exteriores por “omissão” em crise após eleição na Venezuela

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Oposição no Senado quer ouvir Mauro Vieira (E) e Celso Amorim (D). (Foto: Reprodução)

Senadores da oposição preparam requerimentos de convocação para ouvir integrantes do governo Lula, entre eles o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, sobre a situação na Venezuela. Protestos no país vizinho provocaram pelo menos quatro mortes e 46 prisões após eleitores saírem às ruas para questionar o resultado divulgado pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE), que indicou vitória do presidente Nicolás Maduro.

Líder da oposição no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI) critica a “falta de reação” do governo brasileiro e, por isso, quer convocar Mauro Vieira a prestar esclarecimentos na Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Casa. “Para tentar explicar o inexplicável”, afirmou nas redes sociais.

A líder do PP no Senado, Tereza Cristina (MS), disse que também apresentará convite a Celso Amorim, que esteve na Venezuela e teve reuniões na segunda-feira com Maduro e o candidato da oposição no pleito.

“O Brasil era fiador, junto com os EUA, do Acordo de Barbados, que exigia eleições limpas e a volta da democracia na Venezuela. Agora, com a participação ativa de Celso Amorim em Caracas, o Brasil está diretamente envolvido e se torna responsável pelos acontecimentos”, declarou Tereza Cristina.

“Por isso, chamarei Amorim, assessor especial da Presidência – que ainda nada disse aos brasileiros, apesar de já ter se reunido longamente com o ditador Nicolás Maduro -, para prestar esclarecimentos à Comissão de Relações Exteriores do Senado”, ela acrescentou.

Tereza Cristina também convidará a embaixadora do Brasil na Venezuela, Gilvânia Maria de Oliveira. “A diplomacia brasileira, que não fala em indício de fraudes, sequer se solidarizou com os colegas de sete países latinos, inclusive parceiros do Mercosul, expulsos ontem por Maduro.”

Conversa com Biden

A eleição na Venezuela foi o tema de uma conversa por telefone entre Lula e Joe Biden, presidente dos EUA. Segundo a assessoria do Planalto, durante a ligação, que durou cerca de 30 minutos, Biden reforçou a importância da divulgação das atas da eleição venezuelana.

Já o brasileiro informou receber informações através do enviado ao país, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim. Lula deu detalhes das reuniões que Amorim participou com Maduro e com a oposição venezuelana, que contesta o resultado divulgado e acusa Maduro de fraudar o pleito para se reeleger.

Em um comunicado divulgado pela Casa Branca, Biden agradeceu Lula “por sua liderança na Venezuela” e afirmou que o resultado das eleições venezuelanas “representa um momento crítico para a democracia no hemisfério”.

Reação discordante

O governo Lula ainda não reconheceu a vitória de Maduro e tem exigido a transparência nos dados eleitorais, com a divulgação das atas com resultados da votação por urnas.

A reação do Brasil após a eleição para presidente na Venezuela foi na contramão de países vizinhos, mesmo os governados por autoridades de esquerda, como o Chile, de Gabriel Boric, e a Colômbia, de Gustavo Petro. A opinião predominante entre governos sul-americanos e mundo afora é o de que as queixas da oposição venezuelana, que afirma não ter obtido acesso a mais de 70% das atas eleitorais do país, são procedentes.

Os governos da Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai, juntamente com Equador e Paraguai, emitiram um comunicado conjunto pela recontagem de votos e respeito à soberania popular. A reação brasileira, contudo, foi mais contida. O assessor de Lula para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, cobrou acesso das atas da eleição aos observadores internacionais, mas ainda não rechaçou de forma contundente as suspeitas de fraude.

Segundo o resultado divulgado pelo órgão eleitoral da Venezuela, aparelhado por Maduro, o chavista venceu o pleito por 51% a 44% de Edmundo González, o principal candidato de oposição ao regime. Enquanto o Itamaraty não se posiciona sobre o tema de forma contundente, setores do PT, partido do presidente brasileiro, se colocam de forma favorável a Maduro. A executiva nacional petista chamou o presidente venezuelano de “reeleito”, sem contestar a lisura do processo eleitoral.

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