Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 6 de abril de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Deputados da oposição acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a origem de bens omitidos na prestação de contas eleitorais do chefe da Secom do Planalto, Paulo Pimenta. A mansão, em área nobre de Brasília e avaliada em R$3 milhões, não foi declarada. A oposição diz na notícia-crime que a origem do recurso pode se caracterizar como “lavagem de dinheiro”. Pimenta declarou à Justiça Eleitoral um valor bem irrisório da mansão espetacular: R$ 192.839,00.
Empurra
Em março, quando o escândalo se tornou público, o ministro disse que a declaração omitindo a propriedade seria orientação do seu partido, o PT.
Esfarrapada
A oposição sustenta que “a justificativa de ter seguido orientação do partido não é algo que exime da responsabilidade”.
Assinam o pedido
Deltan Dallagnol, Dr. Frederico, Rosangela Moro, Kim Kataguiri, Luiz Lima, Luiz Phillipe O. e Bragança, Marcel Van Hattem, Maurício Marcon.
Nada disse
A coluna procurou Paulo Pimenta, por sua assessoria, para registrar seu posicionamento sobre o caso, mas não houve retorno.
Assassino de Blumenau é produto da impunidade
O assassino de Blumenau é filho da impunidade. Há dois anos, ele esfaqueou o padrasto, mas continua livre, leve e solto. Seu crime bárbaro, nesta quarta (5), até sugere que em sua cabeça sociopata havia o projeto de fazer o mal, sem olhar a quem, até na expectativa de ser preso, de que fosse contido. Após atacar crianças inocentes e indefesas, ele não tentou fugir, entregando-se à polícia. Se tivesse sido condenado por tentar matar o padrasto, estaria preso. E as criancinhas, vivas.
Decisão editorial
Corretamente, grupos de comunicação, como a Band, decidiram não divulgar o nome do bandido, tampouco fotos ou vídeos sobre o crime.
Busca de holofotes
A Band divulgou comunicado interno destacando que, em muitos casos, criminosos como o de Blumenau buscam notoriedade.
Contra o ódio
A Band acredita que “a visibilidade pode ser também um objetivo e uma conquista, valorizado em comunidades virtuais que disseminam o ódio”.
Fim dos atenuantes
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mostrou-se absolutamente impactado com o massacre de Blumenau. Promete providências. “Não podemos aplicar atenuantes jurídicos para crimes hediondos”, disse.
CPI das ONGs
Avançou a instalação da CPI para apurar falcatruas das ONGs que atuam na Amazônia. O requerimento dado como apto foi encaminhado para a publicação. O pedido é do senador Plínio Valério (PSDB-AM).
Quase um recesso
A Defensoria Pública da União também aproveitou o feriadão para alongar a vida mansa. Já nesta quarta (5), dois dias antes da folga oficial, a turma por lá atendia em plantão apenas “demandas urgentes”.
Cerca-lourenço
Emissários do Ministério da Fazenda sondam Cláudio Cajado (PP-BA) para uma possível reunião na próxima semana. O deputado federal é cotado para relatar a proposta de ajuste fiscal na Câmara.
Papo de sindicato
A suspensão do Novo Ensino Médio foi criticada na oposição. Eduardo Ribeiro, presidente do Novo, vê jogo petista na medida: “o interesse dos sindicatos é mais importante do que o futuro profissional dos alunos”.
De novo, não
Além da solidariedade às vítimas e familiares da creche em Blumenau, o governador mineiro Romeu Zema (Novo) disse que “não podemos tolerar que essa brutalidade ocorra novamente no Brasil”.
Primeiro passo
A NPR, espécie de EBC dos Estados Unidos, finalmente ganhou o carimbo de “empresa estatal de comunicação” no Twitter de Elon Musk, aviso que consta em todos os veículos que pertencem a governos.
Faltam técnicos
Balanço da Confederação Nacional da Indústria estima perrengue para contratar gente no transporte, logística e metalmecânica. Diz a CNI que a indústria precisará qualificar mais de 2 milhões de trabalhadores.
Pensando bem…
…quando autoridades que soltam bandidos responderem pela liberdade deles, talvez não vejamos mais monstruosidades como a de Blumenau.
PODER SEM PUDOR
Questão de temperamento
Nas comemorações dos 20 anos da redemocratização do País, José Sarney contou que certa vez divergia dos métodos do seu ex-ministro e amigo Antônio Carlos Magalhães, quando o babalaô baiano advertiu: “Eu tenho o meu temperamento!” Sarney não perdeu a chance: “Mas o meu é melhor que o seu, porque cheguei a presidente da Republica…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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