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Mundo Oposicionista barrada em eleição presidencial pede que líderes do mundo democrático se unam por mudanças na Venezuela

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. (Foto: EBC)

Líder da oposição venezuelana e declarada inelegível para a disputa presidencial do próximo dia 28 de julho, María Corina Machado pediu que os líderes do mundo democrático pressionem o regima de Nicolás Maduro a mudar o sistema eleitoral de seu país, alvo de suspeitas de “marmelada”. Ele reivindica que sua “xará” e substituta na chapa, Corina Yoris, tenha sua inscrição aceita no pleito.

Ela também agradeceu a líderes de projeção internacional pelo apoio recebido nas últimas semanas. Na lista está o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, ideologicamente alinhado a Maduro mas que recentemente passou a tecer críticas ao processo de escolha que mantém o líder chavista no poder desde 2012.

Corina Machado, 56 anos e que mesmo inabilitada venceu com folga as primárias da oposição, designou Corina Yoris, 80 anos, como sua substituta no pleito. Esta última, porém, não conseguiu se registrar, por razões ainda não explicadas pelas autoridades eleitorais. E a oposição acabou por inscrever – ao menos provisoriamente – o embaixador Edmundo González Urrutia.

“Faço um apelo para que os líderes democráticos do mundo se unam aos esforços de presidentes e governos em exigir ao regime de Maduro que permita a inscrição de Corina Yoris como candidata nas próximas eleições presidenciais”, declarou Corina Machado nas redes sociais. “Agradeço aos presidentes Lula, Emmanuel Macron [França] e Gustavo Petro [Colômbia] por suas posições nas últimas horas, que reafirmam que nossa luta é justa e democrática.”

Lula

Na última quinta-feira (28), Lula classificou como “grave” o fato de que Yoris não conseguiu registrar sua candidatura: “Fiquei surpreso com a decisão. A candidata que havia sido proibida pela Justiça de indicar uma sucessora foi um passo importante, mas é grave que a primeira concorrente não possa ter sido registrada”

O Ministério das Relações Exteriores havia informado, dois dias antes da declaração Lula, que está acompanhando com “expectativa e preocupação” o processo eleitoral na Venezuela e avaliou que o impedimento à candidatura de Corona Yoris “não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”.

Horas depois, o chanceler venezuelano Yvan Gil publicou nota de repúdio ao comunicado, por ele classificado de “cinzento e intervencionista, redigido por funcionários da chancelaria brasileira mas que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado norte-americano”.

Ainda de acordo com o representante de Nicolás Maduro, o texto apresenta “comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.

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