Terça-feira, 11 de março de 2025
Por Redação O Sul | 10 de março de 2025
Cruzeiros são cada vez mais populares no Brasil, inclusive para viagens temáticas e musicais. Nesse embalo, vêm crescendo os cruzeiros religiosos, que oferecem aos passageiros uma combinação de lazer, cultura e espiritualidade em alto-mar. Com roteiros voltados para o público católico e evangélico, essa modalidade tem atraído fiéis para cultos, shows e pregações a bordo.
A pesquisa “Tendências de Turismo Verão 2025”, realizada pela Nexus e pelo Ministério do Turismo, revelou que cerca de 20,2 milhões de brasileiros têm o turismo religioso como sua principal motivação para viajar, o que representa 12% da população com 16 anos ou mais.
No universo dos cruzeiros, a modalidade religiosa é mais popular entre idosos, nordestinos, divorciados e viúvos. Além disso, ocupa o quinto lugar entre as categorias mais procuradas, atrás de destinos tradicionais, relacionados a sol e praia ou turismo de natureza e aventura.
O técnico em eletrônica Leonardo Varnauskas marcou para este verão seu sétimo cruzeiro evangélico. Para ele, a experiência é mais do que uma viagem: é um momento de qualidade em família e de conexão com pessoas de todo o Brasil que compartilham da mesma fé.
“Também aproveitamos para falar de Deus. Nos intervalos, nos jantares, conhecemos outras pessoas e falamos por qual motivo viemos, o que estamos fazendo, e acabamos falando um pouquinho de Deus”, diz Varnauskas, evangélico há 21 anos.
O policial militar da reserva Carlos Antônio Borges, de 57 anos, esteve em 11 edições do Cruzeiro Católico desde 2013. Ele conta que aproveita a estrutura do navio como em qualquer cruzeiro, da piscina aos restaurantes, mas não deixa de ir às celebrações diárias, shows e missas, pela manhã e à noite.
As viagens contam com astros religiosos e da música gospel, como Fernandinho, Adriana Arydes e os padres Antonio Maria, Rogerio de Melo e Charles Cunha, que liderou um navio da MSC em fevereiro.
“É um momento de lazer e outro momento de espiritualidade. Minha esposa é uma companheira constante, mas já convidei amigos. E fazemos amizades. É um ambiente onde há pessoas com objetivo comum em relação à espiritualidade”, diz Borges, católico praticante desde 1996.