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Organização criminosa especializada em contrabando de cigarros do Paraguai é alvo da Polícia Federal no RS

Mandados foram cumpridos nas cidades gaúchas de Tenente Portela e Três Passos. (Foto: Divulgação PF/RS)

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Carcinoma para desarticular uma organização criminosa especializada em contrabando de cigarros do Paraguai, com atuação nos três Estados da Região Sul do Brasil.

Na ação, 80 policiais federais e 10 policiais rodoviários federais cumpriram dez mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Tenente Portela e Três Passos.

Em Santa Catarina, a ação ocorreu nos municípios de Chapecó, São Miguel do Oeste e Cordilheira Alta, e no Paraná, em Guaíra, Cascavel, Umuarama e Floresta. Também foram executadas ordens judiciais para sequestro de veículos e valores em contas bancárias em virtude da prática de lavagem de dinheiro pela organização criminosa.

A investigação teve início em 2018, a partir da troca de informações entre o Núcleo de Inteligência da Delegacia de Polícia Federal de Santo Ângelo e o Serviço de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal de Sarandi. A partir desse momento, as investigações ocorreram de maneira conjunta pela Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

A apuração identificou a atuação de grupo criminoso organizado, baseado na região Noroeste do Rio Grande do Sul, especializado no contrabando de cigarros paraguaios em larga escala.

Nesse período, em 19 flagrantes, foram apreendidos cerca de 12 milhões de maços de cigarros estrangeiros, 33 caminhões, oito automóveis e presas 44 pessoas. O valor estimado da mercadoria apreendida é de aproximadamente 60 milhões de reais, com aproximadamente 30 milhões em tributos sonegados.

Inicialmente, a organização criminosa utilizava caminhões registrados em nome dos próprios motoristas responsáveis pelo transporte dos cigarros contrabandeados. Com a sequência de prisões em flagrante e apreensões, o grupo passou a contratar “laranjas” para registro dos seus veículos, pagando uma espécie de “aluguel” mensal pelo nome emprestado à organização criminosa, sendo que alguns sequer possuíam carteira de habilitação.

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