Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2021
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou o Brasil sobre uma nova onda de casos de covid-19 no País. O diretor de operações da entidade, Mike Ryan, destacou a situação que a Europa e os Estados Unidos enfrentam com a chegada da variante ômicron do novo coronavírus.
“Provavelmente vamos continuar a ter ondas de transmissão em todo o mundo, e a América do Sul e o Brasil não são exceções”, disse Ryan.
Mike afirmou que o País teve duas grandes ondas de covid-19 por um longo período, situação que sobrecarregou o sistema de saúde e fez hospitais ficarem lotados. Ele ressaltou a importância da vacinação para estabilizar a situação.
O diretor da entidade também cobrou das autoridades locais, estaduais e federais um trabalho conjunto de preparação para uma nova onda de casos.
“Todos os países enfrentaram esses momentos [de hospitais lotados] nesta pandemia. […] É realmente necessário que haja trabalho conjunto das autoridades estaduais e federais, engajamento das comunidades e divulgação da eficácia das vacinas”, explica Ryan.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que o rápido avanço da ômicron deve ser combatido com vacinas e políticas públicas de saúde.
“A ômicron está se movendo rapidamente. Não só a vacinação, mas também as medidas de saúde pública são necessárias para conter a onda de infecção, proteger os profissionais e o sistema de saúde, abrir as sociedades e manter as crianças na escola.”
Tedros comparou a circulação mútua da ômicron e da delta a um tsunami. “Estou extremamente preocupado com a possibilidade de que a Ômicron, sendo mais transmissível e circulando ao mesmo tempo que a Delta, esteja causando um ‘tsunami’ de casos.”
Fim da fase aguda
O ano de 2022 pode marcar “o fim da fase aguda da pandemia” de covid-19, afirmou Tedros, que ressaltou a importância da continuidade da prevenção diante da “dupla ameaça das variantes delta e ômicron” do coronavírus.
Mike Ryan acrescentou na mesma entrevista coletiva que no futuro próximo “é difícil que o vírus seja completamente eliminado, mas possivelmente o nível de sua transmissão ficará mais baixo, causando surtos ocasionais em populações não vacinadas”.
“Vamos acreditar que esse será o final, mas certamente ainda não chegamos lá e restam obstáculos que esperamos superar alcançando a igualdade na distribuição de vacinas”, disse.
Ao traçar um paralelo entre o atual coronavírus e a pandemia de gripo H1N1 de 2009, Ryan afirmou: “Esse vírus [da gripe A] segue entre nós, mas não provoca a morte e a destruição daquele ano porque vacinamos os mais vulneráveis”.