A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou nesta terça-feira (19) sobre uma nova onda de Covid na Europa, que vive uma situação semelhante à do verão de 2021 no Hemisfério Norte, com quase 3.000 mortes por semana pela doença, e pediu aos governos que se preparem para o desafio do próximo outono e inverno.
“Agora está perfeitamente claro que estamos em uma situação semelhante à do verão passado”, disse o diretor do escritório regional da OMS na Europa, Hans Henri P. Kluge, em comunicado no qual ressaltou que a diferença, desta vez, é que a variante Ômicron prevalece.
“Com o aumento dos casos, estamos vendo também um aumento das hospitalizações, que só vão subir nos meses de outono e inverno, quando as escolas reabrem, as pessoas voltam das férias e a interação social se move dentro de casa com a chegada do tempo frio”, acrescentou.
Essa perspectiva, de acordo com ele, é um “enorme desafio para os trabalhadores da saúde em todos os países, já sob enorme pressão de lidar com crises recorrentes desde 2020”.
“Considere a situação atual: a região europeia viu o triplo de novos casos de Covid-19 nas últimas seis semanas, com quase 3 milhões a mais na semana passada, o que é quase metade de todos os casos no mundo inteiro”, advertiu.
“Enquanto as taxas de hospitalização por Covid-19 duplicaram no mesmo período, as admissões na UTI permaneceram relativamente baixas. Entretanto, como as taxas de infecção seguem aumentando nos grupos etários mais velhos, a Europa continua a ter cerca de 3.000 mortes por Covid-19 a cada semana”, ressaltou.
A estratégia recomendada pela OMS envolve aumentar a taxa de vacinação, administrar uma segunda dose de reforço a pessoas com mais de 5 anos de idade cuja imunidade esteja comprometida, bem como seu ambiente, e considerar uma segunda dose de reforço para certos grupos de risco, pelo menos três meses após sua última dose.
A OMS lembra que o uso de máscara facial dentro de casa e no transporte público deve ser promovido, espaços públicos lotados devem ser ventilados e protocolos de tratamento rigorosos devem ser implementados para aqueles em risco de desenvolver doenças graves.
A organização também exigiu a “priorização” de medidas de rastreamento de contatos e quarentena em ambientes de alto risco, conforme recomendado para todo o mundo, e a promoção de medidas de proteção individual (uso de máscara, ventilação, lavagem de mãos e vacinação).