Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2022
Até agora, foi registrada apenas uma morte provocada pela doença, de acordo com o porta-voz da organização
Foto: ReproduçãoA OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou nesta terça-feira (5) o balanço de 5.322 casos confirmados em laboratório de varíola dos macacos em todo o mundo. O número representa um aumento de mais de 50% em relação ao relatório anterior, de 22 de junho.
Até agora, foi registrada apenas uma morte provocada pela doença, de acordo com o porta-voz da organização. “A OMS continua pedindo aos países que prestem atenção especial aos casos de varíola, para tentar limitar a contaminação”, afirmou a porta-voz Fadela Chaib em entrevista coletiva em Genebra.
O comitê de emergência da OMS sobre o assunto, no entanto, não tem previsão de uma nova reunião para tratar do assunto, após um primeiro encontro ocorrido no dia 23 de junho.
A agência de saúde havia divulgado, na semana passada, que o atual surto de casos de varíola, embora muito preocupante, não constituía “uma emergência de saúde pública de interesse internacional”, termo usado para o nível mais alto de alerta da organização.
O número de casos aumentou drasticamente nos últimos dias: esta última avaliação, datada de 30 de junho, representa uma alta de 55,9% em relação à contagem anterior, que havia registrado 3.413 casos, oito dias antes.
Epicentro
A Europa continua sendo a região mais afetada pelo vírus, com 85% dos casos. A doença, inicialmente endêmica em dez países africanos, começou a se multiplicar no continente europeu e já atinge ao todo 53 países. Um aumento incomum nos casos de varíola dos macacos foi detectado desde maio fora dos países da África Ocidental e Central, onde o vírus normalmente circula.
Embora a maioria dos casos identificados seja de homens que têm relações sexuais com homens, “outros grupos vulneráveis também estão em risco”, alertou a porta-voz da OMS. “Houve alguns casos em crianças e pessoas com comprometimento do sistema imunológico”, completou.
A doença foi descoberta na Dinamarca, em 1958, em macacos de laboratório e por isso ganhou esse nome. Mas atualmente, os roedores são os principais animais que carregam esse vírus. Conhecida em humanos desde 1970, a varíola dos macacos é considerada menos perigosa e contagiosa do que a “sua prima”, a varíola, erradicada em 1980.