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Organização Mundial da Saúde cria comitê de emergência para ensinar países a lidar com o zika vírus

Aedes aegypti é o vetor do zika vírus, da dengue, da febre chikungunya e da febre amarela (Foto: Banco de Dados)

A OMS  (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta quinta-feira (28) a criação de um comitê de emergência para orientar os países a como lidar com o zika vírus, que já atinge 23 nações. O comitê vai se encontrar em Genebra (Suíça) em 1º de fevereiro.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse ainda que eventos climáticos alimentados pelo El Niño, que levam chuva e calor a áreas mais extensas, vão contribuir para o espalhamento da doença. A pedido dos países-membros, a organização promove uma sessão informativa sobre o vírus. Além do fator climático, Margaret disse estar preocupada com o fato de que o vírus é originário de populações animais da África subsaariana, e populações de outros continentes provavelmente se mostrarão mais suscetíveis ao vírus.

Apesar de a presença do vírus ter grande correlação com casos de microcefalia no Brasil, Margaret afirma que ainda não está totalmente comprovado que um afeta o outro. Para a síndrome de Gullain-Barré, colapso neurológico que pode ser causado pelo vírus, também faltam evidências.

Segundo Marcos Espinal, diretor de Doenças Comunicáveis e Análise de Saúde da OMS, porém, o nível de emergência é alto, e países não podem esperar para agir, pois a epidemia vai se espalhar para fora da América.

“Devemos assumir que isso vai para todo lugar, não devemos esperar para agir”, disse Espinal. “Precisamos ter controle de vetores agressivo nesses países, onde nem o mosquito nem a população haviam sido expostos a esse vírus antes, por isso têm baixa imunidade.” (AG)

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