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Brasil Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico reduz a previsão de crescimento do Brasil e do mundo até 2026

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Projeção é de queda de 3,2% em 2024 para 3,1% neste ano e 3% em 2026. (Foto: Freepik)

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a previsão de crescimento do Brasil e do mundo em 2025 e 2026 em seu primeiro boletim de perspectivas econômicas após a posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. Sob o título “Steering through Uncertainty” (algo como “navegando em incertezas”), o relatório prevê que o crescimento global baixará de 3,2% em 2024 para 3,1% neste ano e 3% em 2026.

Para o Brasil, a OCDE reduziu de 2,3% para 2,1% a estimativa de crescimento em 2025, e de 1,9% para 1,4% em 2026, citando especificamente o impacto das tarifas mais altas sobre as exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos e um maior aperto da política monetária. A nova era de barreiras comerciais iniciada pelos Estados Unidos, com a adoção reativa de medidas restritivas mundo afora, tende a afetar de forma generalizada a velocidade de crescimento e a ampliar o risco de alta da inflação e de juros.

Os Estados Unidos tiveram expectativa de crescimento reduzida de 2,4% para 2,2% neste ano e para 1,6% em 2026; Canadá e México, na linha de frente dos países atingidos pela política restritiva de Trump, sofreram baixas expressivas. Para o Canadá, a projeção baixou de 2,0% para 0,7% em 2025; no caso do México, há risco de recessão com queda de 1,3% neste ano e de 0,6% em 2026 (em dezembro a previsão era de alta de 1,2% neste ano e de 1,6% no próximo ano).

A OCDE, um dos organismos internacionais mais respeitados na efetivação de padrões econômicos globais, alertou para os “riscos substanciais” que o alto nível de incertezas geopolíticas traz para a base de projeções. Para o cenário brasileiro, a perspectiva é de que a inflação suba 5,4% neste ano, saldo menos pessimista do que o revelado no mais recente relatório Focus do Banco Central, que aponta para 5,65% neste ano. Já para 2026, a OCDE prevê 5,3%, enquanto o Focus indica 4,50%.

De qualquer modo, as previsões estão muito acima do padrão fixado pelo governo para a inflação, com meta de 3% ao ano e um limite máximo de tolerância de 1,5 ponto porcentual (4,5%). O Brasil e o mundo estão diante de um biênio desafiador, em que um eventual acirramento da guerra comercial, assim como a indefinição em torno das guerras de fato travadas no Leste Europeu e no Oriente Médio, dificulta a previsibilidade dos cenários.

O relatório da OCDE faz uma simulação na qual tarifas bilaterais são elevadas continuamente em mais de 10 pontos porcentuais: “O crescimento global pode cair em cerca de 0,3% no terceiro ano e a inflação pode aumentar em 0,4 ponto porcentual por ano, em média, nos primeiros três anos”. Um recuo acentuado para um movimento global.

Num momento como o atual, o Brasil – que desde 2017 tenta ingressar na OCDE e há dois anos e meio recebeu da organização aval para iniciar o processo de adesão – deve redobrar a atenção aos sinais que vêm de fora e manter disciplina na condução da economia, o que parece particularmente difícil para um governo como o atual. (Com informações do portal Estadão)

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https://www.osul.com.br/organizacao-para-a-cooperacao-e-desenvolvimento-economico-reduz-a-previsao-de-crescimento-do-brasil-e-do-mundo-ate-2026/ Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico reduz a previsão de crescimento do Brasil e do mundo até 2026 2025-03-30
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