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Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2019
Fanzine, palavra originária de Fanatic Maganize, é uma publicação feita por pessoas que homenageiam ou fazem sua própria interpretação sobre personagens, séries, desenhos, filmes, entre outros interesses. São elaboradas por admiradores de certo assunto para pessoas que compartilham a mesma paixão.
A Orientadora de Educação Profissional do Senac Comunidade, Amanda Leppa, conheceu o fanzine através de outra docente da escola, que utilizava a metodologia para trabalhar conhecimentos específicos do plano de curso em turmas regulares. “Fiquei interessada e pesquisei mais sobre a proposta, percebendo que seria maravilhoso utilizar como metodologia de Educação Inclusiva”, revela.
Segundo a orientadora, a metodologia pode ajudar, principalmente, na construção de uma aprendizagem significativa por ser transdisciplinar. Auxilia nas práticas de leitura e escrita, criação, comunicação, autoralidade, autonomia, autoestima e principalmente pertencimento. “É uma prática inovadora que oferta um espaço para livre expressão, criação e desenvolvimento”, lembra Amanda
O fanzine possibilita à Pessoa com Deficiência, um local de organização de rotina pessoal e profissional, valorização e interação com outras pessoas. “Surge como ferramenta para auxiliar o docente no diagnóstico de quem é o seu aluno, bem como suas dificuldades, habilidades e formas de aprendizado”.
Em fevereiro de 2019, a docente apresentou a prática em Herveiras (RS), com o Senac Santa Cruz do Sul, para mais de 70 professores do município, que tiveram a oportunidade de refletir, escrever, recortar, colar, desenhar e apresentar quem são, suas habilidades, dificuldades, do que gostam, do que não gostam e o que esperam do futuro. “Ficou muito evidente que alguns professores tiveram muita dificuldade para a autorreflexão, ressaltando que se para um professor é difícil ter autoconhecimento, imagine para as Pessoas com Deficiência, que, por muitas vezes, desconhecem suas histórias, dificuldades e habilidades, salientando que falar sobre inclusão, ainda é um tabu, infelizmente”, lembra.