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Mundo Oriente Médio: Hezbollah desistiu de atacar quartel-general do Mossad temendo retaliação

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O Hezbollah cogitou atacar com mísseis guiados com precisão a base militar das Forças Armadas israelenses que abriga o quartel-general do serviço secreto externo israelense (Mossad) durante sua resposta ao assassinato de um de seus principais comandantes no mês passado, mas desistiu no último minuto por temer uma forte retaliação do Estado judeu, informou a Rádio do Exército nessa segunda-feira (26), citado pelo jornal Times of Israel.

A base a que o relatório divulgado pela rádio faz referência é a de Glilot, principal base de inteligência militar israelense. Além disso, a Rádio do Exército também informou que as tensões internas do grupo, entre o chefe militar das operações no sul do território e o chefe da inteligência, também foram fatores decisivos para a decisão de recuar, sem dar mais detalhes.

No domingo, horas após o Hezbollah ter anunciado seus ataques a Israel com centenas de foguetes e drones, o líder do grupo, Hassan Nasrallah, disse que o “alvo principal” era uma base de inteligência nos arredores de Tel Aviv, a mais de 100 quilômetros da fronteira libanesa. Nasrallah disse que o grupo lançou um ataque em larga escala contra Israel, tendo como alvo “quartéis e posições israelenses” e buscando “facilitar a passagem de drones de ataque em profundidade”. Nesse caso, os ataques visavam saturar o Domo de Ferro (sistema de defesa aérea israelense) para possibilitar a passagem à Glilot, que abriga também várias unidades inteligência das forças armadas, incluindo a Unidade 8200.

Plano frustrado

Israel, que por sua vez afirmou ter lançado uma onda de ataques preventivos contra o Líbano que “frustrou o plano” do grupo, negou que a base tenha sido atingida. As Forças Armadas israelenses lançaram ataques aéreos contra o Líbano, dizendo que destruíram “milhares de foguetes direcionados ao norte de Israel em 40 zonas de tiro no sul do Líbano” e frustraram um grande ataque. Pelo menos três pessoas foram mortas na ação, além de um soldado da Marinha israelense. Israel anunciou que o Hezbollah disparou cerca de 210 foguetes e 20 drones em direção ao norte de seu território, mas não informou se alguma posição militar foi atingida.

“O regime sionista pode esconder, distorcer ou censurar alguns fatos sobre as operações do Hezbollah libanês, mas sabe muito bem que os fatos existentes não mudarão”, postou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, no X. O Hezbollah, assim como o Hamas, integra o Eixo da Resistência, através do qual Teerã financia e arma milícias ao redor do Oriente Médio em sua guerra por procuração. Ainda segundo Kanani, Israel “perdeu seu poder ofensivo e dissuasor efetivo e agora deve se defender contra ataques estratégicos.”

Assim como o movimento xiita libanês, o Irã prometeu “vingança” ao Estado judeu pelo assassinato do líder do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, em território iraniano no mês passado. Nessa segunda-feira, o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, afirmou que a resposta da nação persa será “definitiva e calculada” — Teerã já chegou a afirmar que a resposta poderia demorar e que talvez não repetisse as operações anteriores —, mas que “não buscará aumentar as tensões”.

Em discurso televisionado, Nasrallah afirmou que as declarações de Israel sobre ter realizado “ações preventivas” são “vazias” e disse que o Hezbollah realizou um ataque em duas fases, primeiro lançando “340 foguetes Katyusha” contra 11 posições militares no norte de Israel e nas Colinas de Golã anexadas. O grupo disse que seu ataque foi uma “resposta inicial” ao assassinato de Fuad Shukr, comandante que orquestrou um ataque às Colinas do Golã que matou 12 pessoas em julho. Nasrallah porém pareceu sugerir em seu discurso que a retaliação do grupo havia terminado, dizendo que “se o resultado for satisfatório”, então sua resposta “foi cumprida”.

Israel não disse que estava por trás do assassinato de Haniyeh, mas confirmou que executou o ataque em Shukr.

No Líbano, 605 pessoas morreram, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também pelo menos 131 civis, segundo um balanço da AFP. Em Israel e nas Colinas de Golã anexadas, as autoridades afirmam que 23 soldados e 26 civis morreram. AFP, ao lado de um grupo de pessoas que desafiam a proibição do banho. As informações são do O Globo.

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