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Geral Oriente Médio: Israel e Hamas chegam a cessar-fogo, com interrupção da guerra e libertação de reféns

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Negociadores de Israel e do grupo terrorista Hamas concordaram com um cessar-fogo de 42 dias e a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza. (Foto: Reprodução)

Negociadores de Israel e do grupo terrorista Hamas concordaram com um cessar-fogo de 42 dias e a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, confirmou o presidente dos EUA, Joe Biden, após o acordo ter sido antecipado pelo presidente eleito Donald Trump em sua rede Truth Social nessa quarta-feira (15), a menos de uma semana de seu retorno à Casa Branca.

O acordo, alcançado 15 meses depois do início do conflito entre Israel e o Hamas no enclave, levanta esperanças de um fim em breve para uma guerra que deixou dezenas de milhares de palestinos mortos, transformou em ruínas a maior parte do enclave e deslocou quase todos os seus cerca de 2 milhões de habitantes.

A previsão é de que o acordo comece a vigorar no domingo, disse Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, primeiro-ministro do Catar, país que é um dos mediadores, juntamente com Estados Unidos e Egito. A primeira libertação seria de três reféns. Ele acrescentou, porém, que os dois lados ainda trabalham para resolver algumas das questões logísticas relativas à operação. A informação foi corroborada pelo escritório do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acrescentando haver expectativas de que os detalhes ainda em discussão sejam definidos até o fim desta quarta-feira. Para seguir adiante, o acordo ainda precisa da ratificação do Gabinete israelense, com votação prevista para esta quinta-feira.

O Hamas confirmou o acordo em uma declaração no Telegram, classificando-o como uma “conquista de nosso povo” e saudando a “lendária resiliência” dos habitantes de Gaza em face da guerra. Os combates quase ininterruptos em Gaza deixaram o Hamas gravemente enfraquecido, com muitos dos seus comandantes militares mortos, incluindo o seu líder de longa data em Gaza, Yahya Sinwar, que foi morto pelas forças israelenses no ano passado.

A guerra em Gaza entre Israel e Hamas eclodiu após o ataque lançado por radicais islâmicos liderados pelo grupo no sul israelense em 7 de outubro de 2023, que deixou quase 1,2 mil mortos, com 251 pessoas sendo feitas reféns. Deste total, 157 foram soltas em uma trégua em novembro de 2023 ou resgatadas em operações militares; das 94 remanescentes, acredita-se que 60 ainda estejam vivas. Desde o início do conflito, mais de 46,7 mil palestinos foram mortos, a maioria mulheres, menores e idosos, segundo o Ministério de Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.

Al-Thani afirmou que, na primeira fase do cessar-fogo, as forças israelenses vão recuar para o leste, longe de áreas populosas. Ao menos 33 reféns seriam soltos ao longo dos 42 dias, disse, sem anunciar quantos prisioneiros palestinos seriam libertados em troca. Os primeiros reféns libertados seriam mulheres, homens idosos e doentes.

Biden disse que, além da libertação dos reféns, permitindo que se reúnam “com suas famílias após mais de 15 meses de cativeiro”, os palestinos serão capazes de voltar a suas casas e terão acesso a uma maior distribuição de ajuda humanitária — a previsão é de que entrem diariamente centenas de caminhões com suprimentos.

“Inocentes em excesso morreram, comunidades demais foram destruídas”, disse Biden em um discurso na Casa Branca. “Por esse acordo, a população de Gaza finalmente pode se recuperar e reconstruir.”

Citando sua proposta de cessar-fogo apresentada em maio, e que é similar aos termos atuais, o presidente americano afirmou que o pacto é resultado “não apenas da extrema pressão sobre o Hamas e da mudança na equação regional após o cessar-fogo no Líbano e o enfraquecimento do Irã, mas também da diplomacia americana”. Também afirmou que trabalhou nas negociações como uma só equipe com seu sucessor, Trump.

Depois de terminar seu pronunciamento, Biden foi questionado por um repórter sobre se ele ou Trump mereciam mais crédito pelo acordo. O presidente americano voltou-se para o interlocutor, perguntando: “Isso é uma piada?”, acrescentando antes de ir embora: “Obrigado.” As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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