Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de março de 2023
Às 18h deste domingo (19), a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) apresentará o primeiro recital da série “Música de Câmara” na temporada de 2023. Na programa estão peças do compositor alemão Johannes Brahms (1833-1897), interpretadas pelo Duo Sonata, além de obras do austríaco Franz Schubert (1797-1928) e do brasileiro Osvaldo Lacerda (1927-2011) em versões do Trio Tri. A entrada é franca, por ordem de chegada.
O concerto será realizado na Sala de Recitais da Casa da Ospa, localizada em anexo ao Centro Administrativo Fernando Ferrari. Endereço: avenida Borges de Medeiros nº 1.501 (bairro Praia de Belas). Na internet, o endereço é ospa.org.br.
Uma das últimas composições de Brahms, a “Sonata nº 1” foi lançada em 1894, junto com a “Sonata nº 2”, originalmente para o clarinetista Richard Mühlfeld, diretor da Orquestra de Meiningen. O pianista André Carrara, da Ospa, acrescenta:
“Ambas foram arranjadas por Brahms para execução em clarinete ou viola, e uma parece pertencer à outra”. São quatro movimentos, com Vladimir Romanov na viola e André Carrara ao piano.
Depois será a vez da trinca formada por Elisa Machado como soprano, Eduardo Knob ao piano e Israel Oliveira na trompa, em uma interpretação de “Melodia Para Trompa Solo”, do paulista Lacerda. Essa talvez seja a obra brasileira mais conhecida para o instrumento – especialistas apontam semelhanças com “Etude”, de Camargo Guarnieri (1907-1993), também nascido em São Paulo.
Em seguida, o trio executarpa uma série de números de Schubert, começando por “Ständchen”. Originalmente escrita para voz e piano, a canção foi posteriormente transcrita para outros instrumentos. Knob enaltece o “Impromptu nº 2” por qualidades como “grande beleza e profundidade emocional, ao expressar a alma melancólica e introspectiva do compositor”.
Ao fim da apresentação, a soprano Elisa Machado se unirá ao grupo para cantar “Rastlose Liebe”, “Gretchen am Spinnrade” e “Auf dem Strom”. Ela salienta: “Sucesso imediato no círculo do compositor, ‘Rastlose Liebe’ tem estado no centro de seu repertório desde então”.
Instituição
Fundada em 1950 e tendo então no comando o maestro húngaro Pablo Komlós (1907-1978), radicado na capital gaúcha, a Ospa é uma das orquestras mais antigas do País no que se refere a atividades ininterruptas. A instituição possui extensa agenda de concertos em todo o Estado, atingindo um público abrangente e diversificado.
A programação é constituída pelas séries “Pablo Komlós”, “Igrejas”, “Araújo Vianna”, “Interior”, “Música de Câmara”, “Concertos Didáticos”, “Ospa Jovem” e concertos especiais.
(Marcello Campos)