Por Redação O Sul | 11 de abril de 2019
O presidente Jair Bolsonaro, na verdade, teve muita dificuldade política no início. Primeiro, por sua inexperiência na área executiva. E, segundo, o seu ministério, que, em princípio, seria com posto por técnicos, acabou por ter ótimos técnicos palpiteiros, mas maus ou inexperientes gestores. Uma coisa é dar palpite sobre determinado tema, escrever artigos, livros e teses sobre gestão, mas o que geriu até hoje? Por exemplo, eu jamais trocaria uma palestra do Luciano Hang, grande gestor e dono das Lojas Havan, por uma desse pensadores de direita ou esquerda, que vendem palpite. Por quê? O Luciano Hang está atrás da mesa. Ele sabe quanto é o imposto, quantos funcionários ele tem, como ele os paga, como calcula o preço final dos seus produtos, como cria as promoções, onde ele abre loja, etc.
Eu gosto de gente que trabalha. Gestores! Agora, tratar autor de livro como grande gestor é um perigo. Pode ser um bom autor, mas ser um administrador é diferente. E, por isso, o Bolsonaro teve início complicado. Havia grandes técnicos, profissionais extremamente competentes. O Ricardo Vélez Rodríguez, que foi exonerado do Ministério da Educação (MEC), é um ótimo exemplo. O seu currículo é invejável: doutorado, pós-doutorado, autoria de várias obras… mas, na hora de gerir o MEC, atrapalhou-se. Isso aconteceu em outros setores. Na minha opinião, faz parte das dificuldades previstas nesse primeiro momento.
Mas, ser classificado, pela Folha de São Paulo, como o pior presidente dos últimos tempos? Se bem que Folha e o UOL perderam completamente a credibilidade. Essas coisas, se somadas à coragem do Bolsonaro de enfrentar a Rede Globo e cortar as verbas bilionárias de publicidade, que mantinham toda a mídia apoiando os governos que roubaram o Brasil por 20 anos, foram descortinadas pelo presidente. E isso, evidentemente, tem seu preço, que é a crítica. Bolsonaro continuará sendo criticado. Mas, se houvesse outro eleição hoje, Bolsonaro seria eleito mais uma vez.
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