Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2023
Nem sempre nosso coração bate como deveria. E não é todo mundo que percebe essas alterações. O tipo mais comum de arritmia cardíaca é a fibrilação atrial (FA), que provoca irregularidades nos batimentos cardíacos, aumentando o risco de um derrame.
Este problema é responsável por 33% de todas as internações por arritmia. A fibrilação atrial está associada a eventos de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fatores de risco, como idosos, coração dilatado, pressão alta e diabetes. Além disso, está ligada também ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca — condição que enfraquece o coração.
Esta doença faz com que o átrio (parte superior do coração) perca sua capacidade de contrair. Isso possibilita a formação de coágulos. O deslocamento do coágulo provoca um AVC.
Os principais sinais de alerta da fibrilação atrial são:
– Palpitação: A pessoa sente que os seus batimentos cardíacos estão irregulares, o que pode causar desconforto.
– Dor no peito: É possível que a pessoa sinta dores no peito por conta do ritmo irregular dos batimentos cardíacos.
– Cansaço: Atividades que faziam parte da rotina passam a causar muito cansaço, fazendo com que a pessoa sinta dificuldades de executá-la.
– Tontura: Por conta na alteração dos batimentos cardíacos, a pessoa pode sentir uma tontura ao se levantar.
– Visão turva: Algumas vezes, associado à tontura, a pessoa pode ficar com a visão turva por alguns instantes.
– Suor em excesso: Quem tem algum tipo de arritmia pode ter crises de sudorese.
A fibrilação atrial faz com que o coração dilate. Com o novo tamanho, o órgão entra no processo chamado de remodelamento (alteração anatômica e elétrica), que torna mais difícil o controle da arritmia. Por conta disso, é fundamental ficar atento aos possíveis sintomas e procurar ajuda médica para um diagnóstico precoce.
O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica, exame físico e eletrocardiograma. O tratamento, normalmente, é feito com medicamentos — principalmente anticoagulantes para prevenir AVC —, além de mudanças do estilo de vida, como passar a ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas.
A maioria dos casos pode ser tratada com medicamentos e mudanças no estilo de vida, como passar a ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas. Um dos principais remédios é É absolutamente fundamental o uso de medicações anticoagulantes (para afinar o sangue) para prevenir o AVC em pacientes com fatores de risco. Atualmente, a ablação por cateter é uma ótima opção de tratamento, especialmente nos pacientes mais jovens com coração normal e que apresentam sintomas.
A abordagem mais empregada é o isolamento elétrico das veias pulmonares (vasos que levam o sangue do pulmão para o coração), que pode ser obtido com a ablação por radiofrequência (energia a calor) utilizando mapeamento eletroanatômico tridimensional ou a crioablação (energia a frio) com balão.
Os resultados da ablação por cateter dependem do tipo e das condições clínicas associadas. Os melhores resultados são obtidos em pacientes com FA intermitente (paroxística) sem outras doenças associadas. A taxa de sucesso em longo prazo é cerca de 70 a 80%.