VariedadesOs 9 hábitos do dia a dia que fazem mal para o cérebro sem você perceber
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Redação O Sul
| 28 de abril de 2024
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Além da saúde física, as atividades físicas ajudam a melhorar as capacidades cognitivas. (Foto: Reprodução)
Não há dúvidas de que uma alimentação saudável seja fundamental para proteger o sistema gastrointestinal e que o exercício regular garante a saúde física. No entanto, o cérebro também precisa ser cuidado todos os dias para evitar a sua gradativa deterioração. Para isso, a escolha de um estilo de vida saudável é fundamental.
“O cérebro é um órgão vital que recebe e processa informações do ambiente que nos rodeia através da visão, audição, equilíbrio, olfato, paladar e sensibilidade. Além disso, é responsável por controlar os movimentos, a fala, a inteligência, a memória e as emoções”, afirma Alejandro Andersson, neurologista e diretor do Instituto de Neurologia de Buenos Aires.
De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, esse problema se agrava quando os hábitos nocivos que foram desenvolvidos causam prazer, o que os torna mais difíceis de serem erradicados. Os especialistas consultados concordam que, se o cérebro não for devidamente cuidado, podem surgir doenças como acidentes vasculares cerebrais e outras condições que debilitam a capacidade cognitiva, a memória e a aprendizagem. Veja a seguir nove hábitos que ameaçam a vitalidade do cérebro:
Correria
O estresse é um gatilho que, além de reduzir a capacidade mental, gera ansiedade e não permite a conexão com o momento presente. Um relatório da Universidade de Harvard afirma que o estresse crônico afeta diretamente o córtex pré-frontal, área responsável pela memória e pelo aprendizado. Para enfrentar essa questão, é recomendado recorrer a exercícios de respiração, que desenvolvem a calma, a tranquilidade e a habilidade de pensar com clareza.
Sedentarismo
A atividade física regular estimula a função cerebral e libera hormônios como dopamina e endorfinas, que geram felicidade. Por outro lado, uma publicação da revista Harvard Health Publishing dá destaque para um estudo que relaciona o sedentarismo com alterações na área da memória. Os pesquisadores perceberam que quem ficava sentado por mais tempo tinham mais falhas nessa região.
Jejum intermitente
Para Lapman, embora o jejum intermitente seja uma prática que recentemente se tornou uma tendência, ele acredita que não há evidências suficientes de que essa prática seja eficaz. “É preciso dar energia ao cérebro para começar o dia e isso se consegue com o café da manhã, por meio da ingestão de nutrientes de qualidade”, ele alerta.
Açúcar
Alimentos e bebidas com excesso de açúcar geram dependência e estimulam a atividade cerebral, pois proporcionam a sensação de bem-estar, sugere Lapman. “Porém, isso está relacionado a uma armadilha do prazer, porque seu excesso também está ligado ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como a diabetes”, acrescenta Andersson.
Isolamento
Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Harvard descobriu que a solidão e a depressão estão relacionadas ao risco de Alzheimer e ao declínio cognitivo. Aqueles que não são socialmente ativos tendem a perder massa cinzenta, que é a camada do cérebro que processa as informações, de acordo com o estudo.
Descansar mal
Pesquisadores da Clínica Mayo, uma organização nos Estados Unidos sem fins lucrativos que fornece informações médicas e científicas, sugerem que para um sono reparador um adulto deve dormir pelo menos sete horas por dia. Nesse sentido, Lapman destaca a importância de um bom descanso, visto que é um momento em que são eliminadas as substâncias nocivas que se acumulam durante o dia no corpo, fenômeno denominado por ele como “limpeza metabólica”.
Álcool
As bebidas alcoólicas, segundo Andersson, afetam os neurônios porque prejudicam as extensões e ramificações do cérebro, reduzindo a velocidade com que os impulsos nervosos são transmitidos. Apesar dessa constatação, dados do Ministério da Saúde apontam um aumento do consumo abusivo de álcool no Brasil de 18,4% para 20,8% entre 2021 e 2023.
Fumar
Quando uma pessoa fuma, a massa cinzenta do cérebro e a quantidade de oxigênio que chega até ela também são reduzidas, alerta Lapman. Por sua vez, Andersson comenta que essa prática gera uma maior predisposição para sofrer de aterosclerose, condição em que as paredes das artérias ficam obstruídas e o fluxo sanguíneo é dificultado.
Ultraprocessados
Uma dieta baseada em gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados, dizem os especialistas, também obstrui as artérias e gera desconforto físico e mental.— Embora no início a ingestão desses produtos possa gerar prazer, com o tempo aparecem a culpa e o arrependimento — comenta Lapman.
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