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Notícias Os afagos de Sérgio Moro a Flávio Dino em sua despedida do Senado rumo ao Supremo

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Troca de gentilezas entre os dois já enfureceu bolsonaristas. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

No último dia de Flávio Dino como senador, Sergio Moro voltou a fazer afagos e trocar sorrisos com o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-juiz cumprimentou o ex-ministro da Justiça na mesa diretora do plenário do Senado. Antes, no entanto, Moro fez críticas à fuga dos presos do Comando Vermelho da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O senador ainda falou de suas ações como ministro da Justiça em relação aos presídios federais de segurança máxima. Ao final do discurso de despedida de Dino, Moro ficou de braços cruzados ao fundo do plenário, enquanto a maioria dos demais senadores aplaudia de pé a fala do futuro ministro do Supremo.

Em dezembro, a troca de sorrisos e abraços entre Dino e Moro na sabatina do então ministro enfureceu bolsonaristas e irritou aliados do senador, como o ex-procurador Deltan Dallagnol.

Moro, por pouco, não esteve em uma posição parecida com Dino. O hoje senador deixou a magistratura em 2018 para comandar o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro.

À época, havia a expectativa de o então ministro da Justiça ser indicado por Bolsonaro ao Supremo. Moro, entretanto, deixou o governo atirando em 2020, acabando com as chances de ir para a Corte.

Último discurso

Flávio Dino escolheu fazer uma “profissão de fé da política” em seu último discurso como senador da República, antes de assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (22).

Ex-governador do Maranhão, Dino passou menos de 20 dias como Senador, após deixar a função de ministro da Justiça. Nesse período, ele apresentou sete propostas legislativas, colecionou discursos na tribuna da Casa e até chegou a presidir uma sessão não deliberativa.

“Nós precisamos de uma política forte e nós só teremos uma política forte com políticos credenciados a exercer a liderança que o Brasil exige. Nós precisamos, retomar a ideia de deveres, deveres patrióticos, deveres cívicos. Nós não podemos sucumbir à espetacularização da política. Um bom líder político jamais pode ser um mero artefato midiático submetido à lógica dos algoritmos. Um bom líder político tem que ter causas”, afirmou Dino.

Em sua passagem pelo Senado, ele apresentou um pacote de cinco propostas. O primeiro deles foi um projeto de lei para proibir a instalação de acampamentos antidemocráticos em quartéis e áreas militares. O texto altera um decreto de julho de 1941, que disciplina o uso do espaço ao redor de fortificações e organizações militares.

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