Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de março de 2020
Interrompidas gradativamente desde o dia 19 de março no Rio Grande do Sul por causa da pandemia de coronavírus, as aulas continuarão suspensas pelo menos até o final de abril nas instituições de ensino públicas e particulares em território gaúcho. O prazo foi informado no nesta terça-feira (31) pelo governador Eduardo Leite.
A determinação será publicada na edição desta quarta-feira (1°) do Diário Oficial do Estado. Dentre os motivos alegados para o adiamento está o fato de que, embora a maioria dos casos confirmados de Covid-19 não apresentem gravidade, crianças e jovens são transmissores do coronavírus – inclusive para os idosos (como os avós, por exemplo), um dos grupos de maior vulnerabilidade para esse tipo de infeção.
“Não vemos, neste momento, a possibilidade de, durante o mês de abril, regredirmos as regras de restrição de contato”, ressaltou o chefe do Executivo gaúcho em mensagem veiculada nos canais oficiais do Palácio Piratini, durante a qual também anunciou outras medidas. “Assim, com essa nova orientação, as famílias podem se organizar.”
Inicialmente, as aulas da rede pública estadual haviam sido suspensas até esta quinta-feira, 2 de abril, conforme previsto no Decreto estadual nº 55.118. Universidades e instituições de ensino também já trabalhavam com datas de retorno aproximadas a esse prazo, mas o novo decreto faz com que todas permaneçam apenas com permissão para realizarem apenas atividades à distância.
“Para evitar que os alunos da rede estadual sejam prejudicados, foi implementada a metodologia das aulas programadas, envolvendo diversos recursos pedagógicos e tecnológicos os quais as escolas dispõem, incluindo plataformas digitais e aplicativos variados”, ressalta o governo do Estado.
“As atividades desenvolvidas por meio das aulas programadas estão disponibilizadas de modo que todos tenham acesso, seja por mensagens de WhatsApp ou Facebook, compartilhamento de arquivos de áudio e vídeo, e-mail, salas virtuais ou mesmo pela entrega de materiais didáticos nas áreas rurais do Estado”, acrescentou.
Neste período, professores da rede participam do módulo 2 do curso on-line sobre elaboração do Currículo Referência da Rede Estadual de Ensino do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, contando com a participação direta de mais de 42 mil docentes.
Medidas restritivas
Fora dos ambientes escolares e universitários, as medidas restritivas também atingem o comércio. Na noite desta terça-feira, Eduardo Leite anunciou a edição de mais um decreto, determinando o fechamento temporário dos estabelecimentos não essenciais em todo o Rio Grande do Sul até 15 de abril. A decisão consta em edição-extra do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira.
“Serviços essenciais, que garantem alimentação, telecomunicações, saneamento básico e cuidados médicos, além da atuação de outros profissionais que são considerados imprescindíveis, estão mantidos, conforme já estabelecido nos decretos já publicados nas últimas semanas”, detalharam o site www.estado.rs.gov.br e outros canais oficiais, como a conta de Leite no Twitter.
Farmácias e supermercados, por exemplo, ficam de fora. De acordo com o Palácio Piratini, o processo deve ser gradual e revisão das diretrizes de isolamento social estará diretamente atrelada à análise das estatísticas oficiais sobre o ritmo de novos casos confirmados de coronavírus no Rio Grande do Sul.
(Marcello Campos)