Quarta-feira, 19 de março de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2020
Marcado por fatos que dificilmente serão esquecidos, 2020 não entrará para a memória coletiva só pela pandemia de coronavírus, que infectou 82,5 milhões de pessoas (das quais 1,8 milhão morreram), mudou os hábitos e causou uma recessão global. O ano também foi de eleições no Brasil e Estados Unidos, protestos contra o racismo e até mesmo de eventos que não ocorreram, como a Olimpíada.
Em um período de isolamento social, era de se esperar que esses e tantos outros tópicos ganhassem relevância na internet, tecnologia que acabou se mostrando mais importante do que nunca, amenizando o impacto de distâncias físicas, interligando pessoas e facilitando a vida de muita gente, por meio do trabalho on-line e outros recursos.
Pois as ferramentas de pesquisa na rede servem de “termômetro” para esse contexto. A necessidade de informações a respeito da pandemia se refletiu nos termos mais buscados no Google, principalmente desde fevereiro. Isso não foi diferente nos computadores e smartphones dos brasileiros.
“Coronavírus” se destacou como a palavra-chave mais buscada no País. A pandemia, que infectou milhões de pessoas por todo mundo, também foi a responsável pela recessão econômica que se seguiu. Como resultado, “auxílio emergencial” aparece em segundo lugar no ranking de interesse espontâneo dos internautas. Confira, a seguir, os assuntos que mais “bombaram” no site.
Eleições também receberam bastante atenção nesse ano. E o interesse não se limitou ao pleito municipal brasileiro. O relatório do Google destaca “Eleições 2020” como o terceiro termo mais buscado pelos brasileiros, seguido por “Eleições EUA”.
Com mais tempo em casa, o brasileiro também achou na televisão uma forma de se entreter. O mistério sobre quem matou o personagem Max, da novela “Avenida Brasil” (exibida originalmente em 2012 pela Rede Globo e reprisada no primeiro semestre deste ano), encabeçou a lista de principais perguntas feitas ao Google.
Em seguida, os internautas procuraram saber quem seriam os próximos eliminados na edição deste ano do reality-show “Big Brother Brasil”, também transmitido pela emissora.
O balanço mostra, ainda, que os brasileiros estão cada vez mais interessados em criar. “Cultura Maker”, “Indústria” e “Protótipo” estão entre os termos mais buscados e discutidos na plataforma. O mesmo se pode dizer das inovações tecnológicas: ferramentas como impressoras 3D, protótipos eletrônicos e cortes a laser também atraíram os internautas.
Do ponto de vista cultural, os anos 1980 estão mais populares do que nunca no País, especialmente para aqueles que nasceram a partir do final da década seguinte, conforme o Google. Segundo a gigante da internet, isso aconteceu em grande parte graças à própria rede mundial de computadores, que preserva elementos da estética pop oitentista por meio de vídeos, imagens e músicas.
Para se lembrar de uma época em que o mundo era menos complicado, as pessoas também estão adotando mais tecnologias “vintage”. Elas recorrem aos videogames de 8 bits e optam por tocar música em fitas-cassete em vez de plataformas de “streaming” como o Spotify.
Além de ser um ano de reinvenção e inovação, 2020 também foi marcado por grandes perdas. Muitas delas ganharam destaque no Twitter, onde os internautas manifestaram seu luto.
Com 7,6 milhões de curtidas, o tweet de memória, publicado na conta do ator norte-americano Chadwick Boseman, falecido no dia 28 de agosto, foi o mais curtido na plataforma. O protagonista do filme “Pantera Negra” lutava há anos contra um câncer no sistema digestivo.
Outra perda foi a do jogador profissional de basquetebol Kobe Bryant, falecido em janeiro em um acidente de helicóptero. Uma publicação de luto e solidariedade feita pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi curtida por 4 milhões de pessoas.
Quem também foi destaque com suas publicações foi a vice-presidente eleita dos Estados Unidos, Kamala Harris. Após o resultado das eleições, divulgado no dia 7 de novembro, a democrata publicou um vídeo onde liga para seu companheiro de chapa, Joe Biden, para comemorar a vitória no pleito. A publicação teve mais de 3,3 milhões de curtidas.