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Brasil Os avós buscam fôlego e ajustam a casa para receber os netos durante as férias

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A relação é benéfica mas pressupõe determinados limites. (Foto: Reprodução)

Os conceitos sobre velhice mudaram, idosos estão potencialmente ativos em sociedade e já não dispõem mais de todo o tempo do mundo, mas o valor e o impacto emotivo de mandar os filhos passar as férias na casa dos avós continua presente entre as famílias.

Mas antes de fazer as malas da molecada e enviá-las para o desfrute dos ares interioranos e do mimo dos avós, é preciso que haja “disposição e estrutura” , por parte dos idosos, conforme explica a psicóloga e pedagoga Elizabeth Monteiro, 68 anos.

“Não vale depositar os filhos na casa dos avós. As crianças não podem representar um peso. Se houver disponibilidade interna e uma estrutura mínima para ampará-las, sem prejuízo a ninguém, trata-se de algo maravilhoso para os dois lados”, afirma a especialista.

A própria Elizabeth, autora de diversos títulos sobre relações humanas, está com cinco netos passando férias em seu sítio na região de Campinas (SP). “As crianças precisam ter suas histórias com seus avós, com a criação de boas lembranças, que vão ficar sempre na emoção de todos. Por isso, a experiência tem que ser prazerosa, sem estar ligada a obrigações.”

Segundo Rita Petronilho, professora da Faculdade Metodista Granbery de Juiz de Fora (MG), é preciso ficar atento ao espaço dos avós. “Estar com os netos é muito bom, estar com a família é fundamental para sua saúde e para o fortalecimento do idoso. Entretanto, isso tudo tem que vir acrescido de respeito a sua vida, a sua rotina e a seu espaço. Não estamos mais diante da realidade do idoso que não tem mais nada para fazer”, afirma.

Regras

Os especialistas se dividem em relação a que regras devem ser seguidas durante as férias na casa dos avós. Elizabeth Monteiro entende que as crianças devam, afora em questões de saúde, andar conforme o que determinem os avós.

“As crianças precisam saber que as casas funcionam de formas diferentes. Na casa dos avós, se os pais não estiverem juntos, a regra é dos avós. No meu sítio, o território é livre para eles fazerem o que quiserem, dou toda a liberdade. Não posso criar um ambiente pesado, ficar criando problema para tudo. Quero que elas vivam o que não podem em casa.”

Comando

Para Elisabete Junqueira e Jorge Luiz de Souza, editores do site www.avozidade.com.br, que trata de questões envolvendo avós e netos, os pais devem seguir no controle das regras. “Consideramos que está fora de questão qualquer desvio das diretrizes estabelecidas pelos pais para a educação das crianças. Um dos maiores pontos de discórdia entre pais e filhos por causa dos netos são as regras quanto à alimentação e do tratamento de doenças. Cabe aos pais criarem as regras e aos avós cabe acatá-las.”

Ainda de acordo com a dupla, “mesmo que discordando, os avós não devem esquecer que a responsabilidade pela criação e educação é dos pais. É falsa essa ideia de que os avós estragam os netos. Pais e avós têm objetivos convergentes em relação às crianças e o que os divide é só a parte subjetiva, a forma de ver uma coisa ou outra”.

Limites

Os especialistas convergem, porém, em relação a não haver uma idade limite para que os avós curtam e recebam os netos em casa. Mesmo aqueles com menor vigor físico, mas como desejo de ficarem com as crianças, podem promover atividades como contar histórias, fazer comida juntos ou brincar de jogos simples.

“É preciso ver a casa dos avós como um lugar gostoso de ir e de ficar, mas com bom senso e respeito à pessoa que mora lá. Avós não são substituto das babás”, declara a professora Rita.

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https://www.osul.com.br/os-avos-buscam-folego-e-ajustam-casa-para-receber-os-netos-durante-as-ferias/ Os avós buscam fôlego e ajustam a casa para receber os netos durante as férias 2017-07-13
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