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A posse de Alexandre de Moraes na Justiça Eleitoral: os bastidores e os desdobramentos

Discurso de posse de Moraes foi fortemente aplaudido na cerimônia. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Aguardado com ansiedade pelos diversos encontros que proporcionaria, a posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (16) teve momentos inesperados e ausências importantes. Todos os ministros do Supremo Tribunal Federal estiveram presentes e também suas reações foram observadas.

O plenário da Justiça Eleitoral se transformou em um lugar de encontros improváveis. As pessoas mais importantes das eleições deste ano, entre candidatos, presidentes de partidos e magistrados, estavam lá.

Lula e Barroso

De acordo com relatos de quem estava no plenário, o clima não foi caloroso entre Lula e o ministro Luís Roberto Barroso, relator da decisão que barrou o ex-presidente nas eleições de 2018. A militância critica até hoje a decisão do ministro que, na época, integrava o Tribunal Superior Eleitoral. Interlocutores de Lula afirmaram que houve olhares estranhos entre os dois.

Palmas para Moraes

Havia dois grupos na plateia. O momento foi percebido durante as palmas para o novo empossado. Houve aqueles que aplaudiram o discurso de Moraes de pé, e os que não aplaudiram.

Apesar de indicados por Bolsonaro, os ministros André Mendonça e Nunes Marques não deixaram de aplaudir o colega de Corte. Contudo, o filho do presidente da República, Carlos Bolsonaro, e outros políticos bolsonaristas permaneceram sentados nos momentos em que Moraes era ovacionado.

Carlos esteve em uma cadeira próxima da de Geraldo Alckmin, vice de Lula, a quem cumprimentou. Assessores em plenário contaram que o movimento se repetiu com outros políticos bolsonaristas, que falaram com Alckmin mas evitaram Lula. Outro encontro foi protagonizado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que sentou próximo e cumprimentou a ex-presidente Dilma Rousseff, de quem é bastante crítico.

Ex-presidentes

Na fileira de ex-presidentes da República, a ausência de Fernando Henrique Cardoso, por motivos de saúde, era esperada. Mas a de Fernando Collor de Mello, não. Collor, inclusive, foi um dos primeiros a confirmar presença em ligação com o próprio Moraes. Porém, depois, percebeu que a posse cairia no mesmo dia do início da campanha eleitoral, 16 de agosto. Como candidato ao governo de Alagoas, acabou não indo para Brasília para coordenar as candidaturas de sua chapa.

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