O crédito tornou-se mais escasso com a crise e muitos brasileiros passaram a evitar financiamentos. Em 2013, 62% das famílias das capitais do País tinham alguma dívida. Em 2016, esse número caiu para 58%. Para especialistas, a explicação para a redução no número de pessoas interessadas em crédito é uma só: o medo de não conseguir arcar com os pagamentos dessas despesas.
O consumidor hoje tem menos dinheiro para gastar e sofre com medo de perder o emprego. Além disso, os juros de financiamento estão nas alturas. São tantos pontos contra que os brasileiros estão fugindo da dor de cabeça e do prejuízo que os empréstimos podem causar.
De 2013 até o fim do primeiro semestre deste ano, o valor total das dívidas por mês caiu cerca de 1 bilhão de reais. A dívida mensal por família também caiu.
Ranking
Curitiba (PR) é a capital que tem o maior número de famílias com contas a pagar e Manaus (AM) é onde a população tem o salário mais comprometido com dívidas.
“O aumento da confiança, da segurança, do emprego e renda, permitirá, também, no futuro, que o crédito aumente, e, obviamente, as famílias possam voltar àquele ritmo de consumo do passado”, apontou Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomercio-SP. (AG)